Criolo e Buika: destaques no Back2Black

Após ter se destacado na versão londrina do Back2Black no ano passado, Criolo repetiu o feito na quinta edição do evento, que ocorreu entre sexta, 15, e domingo, 17, na Cidade das Artes, no Rio. Nos três dias do festival, ninguém juntou público e fez a plateia cantar como ele. Na primeira noite, o rapper abriu o show com Duas de Cinco, lançada recentemente.

Durante a apresentação, que teve manifestações dos fãs contra o governador Sérgio Cabral, Criolo fez menção à luta dos professores do Rio de Janeiro. Bogotá agitou o público, ganhando uma versão reforçada com ótimos metais e a luxuosa participação de Tony Allen, um dos pais do afrobeat.

Os 3.800 presentes no primeiro dia do festival também puderam conferir o som de Femi Kuti, filho de Fela Kuti. Na Grande Sala, teatro no andar superior da Cidade das Artes, Milton Nascimento emocionou a Cidade das Artes com os sucessos Clube da Esquina N.º2 e Maria, Maria.

A mesma Grande Sala foi destaque no segundo dia, com público de 3.100 pessoas. The Blind Boys of Alabama fizeram seu primeiro show no País. O som potente, misto de blues e gospel, preencheu o teatro e inutilizou as cadeiras: na dançante Look Where He Brought Me From, tanto os vocalistas quanto o público aproveitaram para dançar. Nos últimos momentos do show, o Reverendo Jesse Jackson – que participara, mais cedo, de uma conversa com Gilberto Gil – foi ao palco para prestigiar a banda.

Primeira atração internacional do dia, Mayra Andrade entrou com 40 minutos de atraso para mostrar o show de seu álbum recém-lançado Lovely Difficult. Em uma apresentação estável, cantou nove músicas do novo repertório, um pouco mais distante da música de Cabo Verde e mais próximo do pop internacional. “Neste novo disco, optei por cantar o que eu quisesse, independentemente da origem ou da língua. Eu estava precisando me emancipar dos códigos da world music. Queria a simplicidade e a universalidade da música pop”, disse. Outras quatro músicas de álbuns antigos integraram o set list, como Tunuka e Comme s’il en Pleuvait.

Marcado para as 22h30, o tributo à cantora e ativista Miriam Makeba começou à meia-noite. Um vídeo deu início à homenagem, contando a história da mulher que ficou conhecida como Mama África. Com 30 canções, o show – que teve participação da neta de Miriam, Zenzi Makeba – foi morno até a chegada de Gilberto Gil, que interpretou Oração pela Libertação da África do Sul e Manhã de Carnaval. No fim da apresentação, veio a já esperada Pata Pata, que reuniu vários artistas no palco.

O REPÓRTER VIAJOU A CONVITE DA ORGANIZAÇÃO DO FESTIVAL

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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