Geek City

“A gente bota fogo e o advogado apaga”, dizem criadores do Porta dos Fundos

Ian SBF e Totoro, criadores do "Porta dos Fundos", no Geek City 2018. Foto: Diego Petri

Quem aqui nunca viu pelo menos um vídeo do Porta dos Fundos que atire a primeira pedra. A trupe de atores, que é considerada uma das pioneiras de criação de conteúdo de humor no YouTube, bateu um papo com o pessoal que estava presente no Geek City, no último domingo (2), no Expo Renault Barigui.

Em coletiva à imprensa, Ian SBF e Totoro, criadores do “Porta dos Fundos”, revelaram que os problemas que enfrentaram na criação do canal era conseguir se consolidar na plataforma de vídeo e tornar o trabalho rentável, já nos dias atuais sofrem com alguns processos, mas deixam claro que conseguiram vencer todos. “Na verdade, hoje não temos grandes problemas, apenas percalços”, finaliza Ian.

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Questionado em como foi fazer o humor na internet, Ian conta que todos os integrantes do grupo vieram da televisão, e por isso já tinham uma visão de como funcionava gravar, dirigir, escrever e atuar. “Naquela época, as pessoas não entendiam que a gente trabalhava no YouTube, e isso era engraçado”. O sucesso só foi percebido quando os vídeos do grupo viraram notícias, assunto fora do YouTube.

Sobre o processo criativo, a dupla conta que se inspira com as situações do dia-a-dia. “A gente continua indo na padaria, no banco. A gente tem ideia nas pequenas coisas, frases que alguém fala”, explica Totoro. Já na produção dos vídeos, Ian diz que todos participam no roteiro, com ideias e com a direção. “A gente lê todos juntos, se rir, tá aprovado. Se não rir, é descartado”, termina Ian.

Todo mundo tem um vídeo favorito do “Porta dos Fundos”. Questionados quais eram os da dupla, Ian revelou que gosta do intitulado “Os 10 Mandamentos”, por ter “tudo a ver com o Porta”. Já Totoro prefere rever o “Táxis”. Sobre quais produções eles tiveram surpresa tanto pela ótima audiência ou baixa, eles explicaram que quando pensa que um vai bombar, não bomba e vice-versa.

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Com comédia ácida e polêmica, “Porta dos Fundos” já sofreu alguns processos judiciais, por conta de vídeos considerados ofensivos, por exemplo. Ian SBF comenta que o advogado do grupo toda vez que lia o roteiro restringia alguns fatos presentes no texto. Percebendo que não iam conseguir fazer vídeo com as limitações, fizeram ao contrário, produziam os vídeos e se acontecer de algum ser processado, o advogado “entra em cena”. “A gente bota fogo e ele apaga o incêndio”, finaliza Ian. 

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Como 2018 é ano de eleição, a dupla revela que há sugestões de vídeos sobre o pleito, mas que ainda estão em andamento, em processo de amadurecimento de roteiro.

Ian SBF e Totoro participaram do painel sobre informações para os geradores de conteúdo na internet, no último domingo, no Geek City.

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