Companheiro Bush

Tom Zé escreveu música e letra inspirado na guerra que os EUA travam contra o Iraque. E a gravadora Trama revela a letra. É assim:

Se você já sabe

Quem vendeu

Aquela bomba pro Iraque,

Desembuche:

Eu desconfio que foi o Bush.

refrão: Foi o Bush,

Foi o Bush,

Foi o Bush.

Onde haverá recurso

Para dar um bom repuxo

No companheiro Bush?

Quem arranja um alicate

Que acerte aquela fase

Ou corrija aquele fuso?

Talvez um parafuso

Que está faltando nele

Melhore aquele abuso.

Um chip que desligue

Aquele terremoto,

Aquela coqueluche.

(A música pode ser ouvida no site www.trama.com.br, bem como a entrevista do compositor falando, entre outras coisas, sobre as guerras descabidas.)

Contra a guerra

O grupo de hip-hop Beastie Boys lançou uma canção contra a guerra no Iraque, para mostrar ao mundo que “nem todos os americanos apóiam o presidente (George W. Bush)”. Quantas pessoas precisam ser mortas para que as famílias do petróleo encham os bolsos? – pergunta um dos trechos da música In a world gone mad (Num mundo enlouquecido), que está disponível gratuitamente no site da banda www.beastieboys.com.

“A finalidade da canção é esclarecer que nós pensamos que Bush não nos representa, e também mostrar aos americanos que é legítimo protestar”, declarou o vocalista Adam Yauch.

Cine Cidade

Ontem aqui foi noticiado que o Boqueirão terá cinema dentro de poucos dias. Pois a Vila Hauer também terá suas salas, com inauguração agendada para 2 de maio. Será no Shopping Cidade, com cinco salas somando cerca de 1.200 lugares. O empreendimento é do Grupo Cinesystem, de Maringá, que tem cinemas também em Ponta Grossa. Além de Curitiba, há investimentos em Porto Alegre e Londrina.

Com tecnologia de última geração, os futuros cinemas terão cadeiras para obesos, namoradeiras e lugares para deficientes físicos. Os preços serão um diferencial dos cinemas, segundo o programador da rede, Carlos Maurício Sabbag. O valor dos ingressos deve variar entre 4 e 8 reais.

Pelo cinema

Com as telonas ainda vivendo overdose de oscarizados, mais opções surgem em Curitiba, como Nemesis e Dr. Strangelove. A Enterprise propociona ao seu imenso fã-clube seu décimo filme, dando toda corda para Picard (Patrick Stewart). É uma produção que chega aclamada como uma das melhores de A Nova Geração, mas também anunciando como se fosse a última da saga. E, tendo como gancho a insanidade bélica no Iraque, a Cinemateca de Curitiba reedita um dos clássicos de Stanley Kubrick, Dr. Fantástico ou como aprendi a parar de me preocupar e amar a bomba, a mais notável sátira a propósito da neurose dos EUA por uma hegemonia geopolítica e mania de perseguição. Na Cinemateca, também está em cartaz o documentário 11 de Setembro, em que onze diretores assinam sua visão sobre o ataque às Torres Gêmeas.

Macunaíma

Estréia amanhã, no Canal Brasil, Macunaíma, versão tropicalista do clássico de Mário de Andrade. É a oportunidade de relembrar o grande impacto que ocasionou o lançamento da obra, revivido anos depois por Joaquim Pedro de Andrade, numa adaptação que não é uma simples transposição para as telas, mas um trabalho que juntou as preocupações críticas, literárias e políticas de Mário de Andrade com as propostas do tropicalismo e a contestação do regime militar na década de 60. E ainda traz a presença de um dos mais importantes atores brasileiros de todos os tempos: Grande Otelo.

Extra palcos

* Enquanto o Festival de Teatro de Curitiba vive seus dias de ribalta, as artes cênicas reservam momentos de bastidores. No Sesc da Esquina acontece exposição de figurinos, cenários e objetos de cena das peças O Corvo, O Conto da Ilha Desconhecida, O Homem Elefante e O Menino Rei.

* No Departamento de Teatro da Faculdade de Artes do Paraná acontece, desde novembro, o trabalho do Núcleo de Pesquisa em Artes Cênicas, formado por Amabilis de Jesus da Silva, Cristiane dos Santos Souza, Márcia Moraes, Margarida Gandara Rauen e Sueli Araújo. Seu projeto é estimular pesquisas com estudantes de graduação e realizar montagens cênicas no futuro.

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