Começa o ano com 68 dias de atraso

Todos os anos é a mesma coisa. O Brasil começa 2003 após o Carnaval. Não tem jeito. As pessoas que estão com problemas na Justiça, tentam, tentam, mas parece que os processos não vão para a frente. O legislativo ensaia uma abertura dos trabalhos em fevereiro, mas depois de um ou dois dias, os parlamentares voltam para os seus estados e só retomam o trabalho em março. O Executivo, este ano, até que tentou. Mas o presidente Lula e seus primeiros-ministros não conseguiram colocar o projeto Fome Zero nos trilhos. Não vai para frente.

Você liga para alguém, está de férias. Liga para fulano e ouve “só depois do Carnaval”. Tenta um patrocínio para um projeto útil e ninguém que decide está presente. Todo mundo em férias. Apenas operários e funcionários públicos dão as caras no trabalho. Muitos com má vontade. São 3 meses perdidos no país tropical.

O pior é que não existe expectativa de melhora nos próximos 100 anos. É algo tradicional que muitos gostam, mas dificulta a vida da maioria. Depois reclamam que americanos e europeus são exploradores dos países subdesenvolvidos. Existem vários feriados nos EUA, mas a maioria dos pontos comerciais, fica aberta. Apenas no Natal e no Thanksgiving, tudo fecha. Dois dias anuais.

Parece um clichê ou um exagero, mas, infelizmente, é verdade. O País pára no Natal e recomeça na primeira segunda-feira após o Carnaval. Chances de mudança? Lula, o PT e seus primeiros-ministros poderiam tentar modificar esses pequenos detalhes incômodos para um país que pretende ser sério.

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