Com alta do dólar, editor ganha tempo na Feira do Livro de Frankfurt

Sem um grande livro ou uma disputa acirrada, a Feira de Frankfurt terminou neste domingo, 18, confirmando o papel adquirido nos últimos anos – hoje, ela é muito mais um ponto de encontro do que uma casa de leilões. Claro, negócios são iniciados e, às vezes, finalizados nela. Mas houve calma.

“Senti uma tranquilidade maior. Os agentes estão cientes da questão do dólar e, como estamos cautelosos, eles se mostraram abertos a propostas menos agressivas”, disse Adriano Fromer, da Aleph.

O dólar está alto e as editoras, na bonança, adquiriam tantos títulos que ainda há muito a ser publicado. Por isso a cautela. Quando se interessam por algum título, tentam negociar o pagamento do adiantamento para perto da impressão. Ou então, oferecem menos.

“Eu já disse aos agentes e editores que não tem mais adiantamento de US$ 2 mil. É preciso flexibilizar ou a conta não fecha”, explicou Florência Ferrari, da Cosac Naify.

Marcelo Ferroni, editor da Alfaguara, contou que viu muita coisa interessante e também muitos editores brasileiros comprando – no caso dos grandes grupos. “Mas o mercado está tão estranho que achei melhor esperar”, explicou. Se ele identificou alguma tendências? “Vi muito livro sobre astronauta, baleia e objetos perdidos”, brincou. Mas pode ser só uma coincidência.

Editor da V&R (Diário de Um Banana), Fabrício Valério comentou que o antes promissor mercado para ‘young adults’ está se esgotando. A novidade, que começa a ser testada, são os livros ‘crossover’ para leitores entre os 8 e os 13 anos, nem juvenil ou jovem adulto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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