O universo dos bordéis e as lutas pessoais das damas da noite de Curitiba, ao longo do século XX, é a narração de Maria Batalhão – Memórias póstumas de uma cafetina (Editora Esplendor, R$ 45), o oitavo livro do jornalista e escritor Dante Mendonça. Imigrante ucraniana, Maria encontra no Paraná a fama e o dinheiro, mas vivencia as mazelas da profissão ao lado de personagens reais e fictícios do mundo paralelo e sedutor dos bordéis curitibanos.
A obra é um romance histórico construído com vasta pesquisa sobre os lupanares da cidade. As memórias da cafetina se misturam com a história de Curitiba. “Tratei deste livro sem culpa. São mulheres vítimas das circunstâncias de sua época. Maria é uma licença poética de todas elas”, diz Mendonça. Para construir as narrativas contadas por Batalhão, o autor mapeou as “mulheres da vida” relatadas na obra Dalton Trevisan e criou tantas outras, inclusive ficcionando histórias reais para livrar alguns nomes da exposição da intimidade. O ponto de vista da cafetina é contada numa linguagem concisa, elegante, com o objetivo de informar e divertir. “É um relato histórico da prostituição no Brasil e em Curitiba, com toques de humor e emoção”, conclui o autor. O lançamento da obra será na sexta-feira (21), das 17 às 21h30, no Paço da Liberdade, Centro.