Chico Anysio escolheu Curitiba para abrir o seu primeiro vernissage oficial como artista plástico. Organizado por Ricardo Dorta, o evento começou ontem com uma entrevista coletiva à tarde e uma festa à noite para 600 convidados na concessionária Munich da Audi, que patrocina o artista.
Com curadoria de Luiz Gagliastri, o vernissage ficará aberto ao público na Pinacoteca do Clube Curitibano (rua Getúlio Vargas, 2857), de amanhã a segunda, e na Galeria Nini Barontini (rua Saldanha Marinho, 1577), de quarta a domingo da próxima semana.
Conhecido do Brasil inteiro por seu trabalho humorístico, Chico, aos 72 anos, tem se dedicado também às artes plásticas nos últimos 26, tendo produzido mais de seis mil quadros. Suas obras já participaram de exposições no Brasil, mas esta será a primeira vez que o público terá a oportunidade de adquiri-las.
O humorista confessa estar apreensivo quanto à receptividade do público. “Sempre quis saber qual seria a aceitação das pessoas às minhas obras. Vou descobrir isso agora e espero que seja uma boa experiência”, confessa. O que sempre escondeu do público brasileiro, Chico Anysio não teve medo em mostrar fora do País. Ele já realizou dois vernissages em Miami, um em Nova York e outro em Portugal. Os quatro eventos reuniram 130 obras do artistas, todas vendidas.
Em Curitiba estão 40 telas. Chico é um especialista em marinhas e paisagens. “Comecei a usar esses temas em meus quadros por sugestão do meu professor. Com o passar do tempo, comecei a perceber que a pintura e os temas que eu representava funcionavam como uma ótima terapia para mim, pois não há algo melhor que estar diante de uma paisagem maravilhosa, sem ruídos e sem poluição visual. Isso contribui muito para o relaxamento mental”, conta.
Ele usa acrílico sobre tela em todas as suas obras, dedicando-se à pintura naturalista, com o mínimo de recursos, como Pancetti. “A minha pintura é como uma janela que se abre na parede de quem compra um dos meus quadros”, resume.