Celebridade em solo

Justin Timberlake, um dos integrantes do *NSYNC, terminou 2002 dando partida para um caminho próprio, lançando Justified (Zomba Records).

Não foi difícil para ele repetir a mesma fórmula de sucesso do *NSYNC em seu álbum solo. “Eu não sento para criar um som novo, eu apenas escrevo o que estou a fim de ouvir e pego inspiração do passado. Eu não queria voltar alguns anos atrás e me arrepender de não ter tentado fazer algo diferente”, revela. Seus gostos musicais são variados, vão do R&B ao country, passando pelo hip-hop, rock e Justified reflete todos esses gêneros. Apesar deste nativo de Memphis ter apenas 21 anos, seu conhecimento musical é extenso. Como co-autor das treze músicas do álbum, Justin prova, mais uma vez, seu talento como compositor.

ELP antológico

Fãs do rock progressivo saúdam Fanfare For The Common Man, uma antologia com os melhores momentos da Emerson, Lake and Palmer, que ao surgir em 1969 abriu caminho para outras bandas, como Yes. O álbum reúne vinte faixas distribuídas em dois CDs. Neles estão os sucessos Lucky Man, Tarkus, Jerusalem e Brain Salad Surgery. O álbum vem em uma embalagem luxuosa e traz um pôster, que na verdade é a árvore genealógica do grupo.

Menino prodígio

Aos 14 anos, Aaron Carter chega ao seu quarto CD: Another Earthquake. São dez faixas de muito balanço e alegria, gravadas em Nova York e na Flórida. O disco começa cheio de energia com a faixa título, bem dançante e animada e segue com a doce To All The Girls, que lembra aquelas músicas de batida gostosa, que toca de fundo nos filmes de adolescentes. Summertime é uma música bem pra cima, a cara do verão e conta com a participação do Baha Men, conhecidos atualmente pelo hit Move It Like This.

Uma das novas manias do Aaron são carros esporte, a música My First Ride traz ele cantando You cant hold me, control me… when I?m ridin?ridin?ridin (Você não pode me abraçar, me controlar, quando estou dirigindo…) apesar de faltar ainda alguns anos para ele poder realmente dirigir.

Groove Armada

Lovebox (Zomba Records), o quarto disco da dupla Groove Armada, é soul-funk na veia.

“Este é, definitivamente, o disco menos complicado que já fizemos. É realmente um álbum funk. Com músicas apropriadas”, revela Tom Findlay. “Quando fizemos Northern Star (álbum de estréia de 97) não havia discos de laid-back, não tinha Lounge 45 e Ibiza 597. Neste novo trabalho ainda há algumas músicas românticas com laid-back. Madder é muito mais uma música para skate do que dance, Tuning In é mais Rolling Stones do que Judge Jules.”

Lovebox chega um ano depois de Goodbye Country. Foram mais de quatro meses em pleno verão de Londres, com temperaturas em plena ebulição num estúdio pequeno, caótico, sem janelas, dando a Lovebox, segundo Andy, “a intensidade da febre na selva”. Através dos instrumentos da banda e do multiinstrumentista Andy Cato o som está mais perto do show ao vivo.

As vozes ficam por conta dos diversos convidados multiculturais, da linha hip-hop-soul. Incluindo Neneh Cherry em Think Twice; Red Rat nas duas blues-funk Purple Haze e na ragga-beat The Final Shakedown; MC M.A.C., a voz de Superstylin aparece em Madder e também no clássico ska But I Feel Good; o lendário Richie Havens em Hands Of Time; Sunshine Anderson decola na sublime Easy; Tim Huttons bota pra cima a celestial Tuning In e Kriminal se encarrega da sex-funk Groove Is On.

Xamã techno

A Azul Music lança o CD Porã-Hei – A tradição do sol, da lua e dos sonhos, de Kaká Werá Jecupé, com produção de Moreno Veloso e Bartolo. Pela primeira vez os cantos e discursos da tradição indígena brasileira, acompanhados por ritmos, loops, chegam à eletrônica. Participam também do trabalho Pedro Sá (baixo, guitarras e synth), Corciolli (teclados), Kassin (bases de narração), Leo Monteiro (percussões eletrônicas), além de Kaká (vozes e percussões).

Para realizar a gravação, Kaká passou algumas horas preparando o estúdio, tornando o lugar ideal para receber cantos xamânicos. Procurou reproduzir parte do ritual que as tribos realizam nos locais onde acontecem as cerimônias. O encarte traz breve descrição do significado de cada faixa e aborda valores cultuados pelos indígenas como a gratidao pelos ancestrais, fundamentos do ser e da amizade, entre outros.

Kaká é terapeuta, escritor, conferencista e pahi, que na língua tupi-guarani significa difusor da memória da cultura ancestral e dos valores que edificam um ser. Ele também coordena ações humanitárias e ecológicas através do Instituto Arapoty, que divulga os valores sagrados e culturais dos povos nativos brasileiros, criando condições de sustentabilidade para comunidades indígenas ameaçadas de extinção de seus valores culturais. Por causa disso, parte das vendas de Porã-Hei será destinada ao instituto.

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