Casos do jornalismo paranaense contados por Ayrton Baptista

Uma grande reportagem dividida em capítulos que contam os mais marcantes casos do jornalismo paranaense dos últimos 50 anos. Assim é o livro Quase só jornal, do jornalista curitibano Ayrton Baptista, que será lançado hoje, em Curitiba.

Segundo o autor, na publicação são narrados fatos como a queda de um avião em Curitiba no final da década de 50, a Copa do Mundo de 1958, a renúncia de Jânio Quadros e até mesmo algumas passagens da trajetória política do ex-governador Parigot de Souza.

Para Baptista, Quase só jornal não é um livro autobiográfico, mas uma publicação que retrata fatos vivenciados por ele mesmo durante os 50 anos de profissão. “Não tenho a pretensão de lançar um livro sobre minha carreira. São lembranças que venho guardando na cabeça ao longo dos anos. Não utilizei nenhuma anotação para escrever o livro, tudo foi vivenciado. Praticamente toda a minha vida foi dedicada ao jornalismo”, orgulha-se o autor.

Os acontecimentos são narrados de forma curta e objetiva, o que faz com que o leitor saiba como tais fatos eram tratados nos principais jornais do Estado entre as décadas de 1950 e 1980.

“Uma dessas histórias aconteceu em 1958, quando um avião que levava Nereu Ramos, o vice-presidente da época, e o governador Jorge Lacerda, se acidentou em uma tarde chuvosa no Aeroporto Afonso Pena. Ambos morreram no acidente. Esse fato foi acompanhado pela imprensa de todo o Brasil, por isso permanece guardado na minha memória, pois fiquei 36 horas ininterruptas na redação cobrindo esse acidente”, relembra.

A construção de um muro na casa do ex-governador Parigot de Souza também rendeu uma boa história para o livro de Baptista. “Ele era vice no governo Haroldo Leon Peres. Passado algum tempo, verificaram que a casa dele tinha um muro muito baixo. Por isso, os próprios funcionários do governo aumentaram o muro. Passada a reforma, uma pessoa no palácio do governo disse já havia enviado o pagamento para a casa militar. Na mesma hora Parigot retrucou: A reforma é na minha casa, por isso quem paga sou eu”, conta.

Esses são apenas alguns exemplos das histórias que o leitor de Quase só jornal irá encontrar. Ayrton Baptista iniciou sua vida jornalística como repórter no Diário do Paraná, em 1955.

Foi também secretário de imprensa nos governos Leon Peres e Parigot de Souza, de 1971 à 1973, e líder sindical. Baptista trabalhou em O Estado em 1963 e na Tribuna do Paraná em 1978. Quase só jornal será lançado hoje, às 19h, no Palacete dos Leões (Av. João Gualberto, 570, no Alto da Glória).

Voltar ao topo