Carolina cai na comédia romântica

Pedro Paulo Figueiredo/
Carta Z Notícias
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Depois de Rubi, agora Gigi.

Depois de viver a atrapalhada Rubi, de Kubanacan, Carolina Ferraz decidiu investir mais na comédia romântica, gênero com que já tinha "flertado" no filme Amores Possíveis, de Sandra Werneck.

Por isso, a atriz achou irrecusável o convite de Antônio Calmon para entrar em Começar de Novo como a peruíssima Gigi, que já chegou a Ouro Negro arrebatando corações. "É um estilo muito gostoso de se trabalhar. Logo que comecei a ler os capítulos, ria sozinha em casa", destaca Carolina, animada. A possibilidade de voltar a fazer comédia venceu até a resistência da atriz em entrar no elenco de uma trama em andamento. Na verdade, "escaldada" por Sabor da Paixão, na qual também entrou para tentar alavancar a audiência, ela até encara o "descompasso" com muito bom humor. "Enquanto todos já estão na ?barriga? da novela, sou aquela atriz chata, cheia de propostas, que quer fazer as cenas com calma, repetir tudo mil vezes", enumera, rindo de si mesma.

Já o rótulo de "salvadora da pátria", Carolina não aceita com tanta naturalidade – embora admita que não deixa de ser "lisonjeiro" ser encarada pela empresa na qual trabalha como alguém com o potencial de "esquentar" as tramas. Em Sabor da Paixão, ela viveu Clarissa, uma bem-sucedida advogada que ajudava a desvendar os mistérios da vida de Jean Valjean, interpretado por Edson Celulari, que andava meio "perdido" na história. Em Começar de Novo, a missão é segurar o triângulo amoroso com os mocinhos da novela, Letícia e Miguel Arcanjo, vividos por Natália do Valle e Marcos Paulo. "Claro que é uma ?fama? bem-vinda, mas nossa profissão é muito menos individualizada do que as pessoas imaginam. Tudo depende de muita gente", minimiza a atriz.

De fato, a entrada de Carolina não fez diferença nos índices de audiência da novela, que continuam girando em torno dos 35 pontos. Mas a atriz garante que isso é o que menos importa. Aliás, ela jura que começa cada trabalho muito mais preparada para o fracasso que para o sucesso. Aos 35 anos, Carolina trabalha como atriz desde os 20. Nesse período, participou de dez novelas, número que considera pequeno. "Tem gente que já fez isso em cinco anos", compara. Ela se orgulha, no entanto, de ter administrado sua carreira com cuidado e ter aprendido a lidar com a tevê. "Entro muito básica, sem muita cor, muita maquiagem, não fisicamente, mas na atuação. Aos pouquinhos, começo a criar e a personagem aparece", explica. O processo foi justamente o mesmo que ela usou com Gigi. Mas, pelo fato de entrar no meio da trama, Carolina admite que já teve de chegar com algumas – aliás, muitas – idéias. Como uma leve inspiração na protagonista do filme Legalmente Loira, Reese Witherspoon. "Ela é incrível, porque consegue fazer daquela mulher completamente dessituada uma figura simpática. É assim que eu vejo a Gigi", ressalta.

O respeito que tem na Globo, emissora na qual trabalha desde 1993, é outro dos grandes motivos de orgulho de Carolina. A relação é tão boa que ela consegue tempo para se dedicar a projetos pessoais no teatro e no cinema. Antes de participar de Sabor da Paixão, a atriz passou quase dois anos liberada pela emissora. Nesse período, co-produziu o filme Mater Dei, escrito e dirigido pelos irmãos Diogo e Vinícius Mainardi, e estrelou o monólogo Selvagem como o Vento, dirigido por Denise Stoklos. Depois disso, no entanto, não se importou em emendar a trama das 18 h com Kubanacan. "Sou uma atriz animada. Chego ao estúdio pulando que nem canguru e saio cantando feito uma cigarra", define, emendando mais uma de suas sonoras gargalhadas.

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