Carnaval tem que ter Jamelão

A Obi Music, gravadora dedicada à negritude, presta um grande tributo a José Bispo Clementino dos Santos, enaltecendo seu trabalho, sua voz e festejando seus 89 anos em shows por São Paulo. Bem, este José é Jamelão, a voz da Mangueira, sim, senhor.

Das quadras para o palco e do palco para as quadras, Jamelão está em Cada Vez Melhor, CD que reúne clássicos da música brasileira que têm um pouco da história deste intérprete ao som de violino, viola e violoncelo. O repertório vai de clássicos como Matriz e Filial à moderna Piano na Mangueira, de Tom Jobim e Chico Buarque.

Da Mangueira, onde Jamelão ocupa o mais resistente galho há mais de 40 anos, surgem ainda Avatar, e A selva transformou-se em ouro, samba-enredo de 1979, e Brasil com Z é pra cabra da peste, Brasil com S é a nação do Nordeste, que deu o campeonato no Carnaval do ano passado para a Estação Primeira.

O Jamelão compositor aparece logo na primeira faixa, Boa Noite. Esta Melodia, uma parceria com Jorge Oliveira, ganha nova leitura, revelando o esmero e respeito do produtor Lua Lafayette. Os cuidados são esperados e exigidos, pois a voz de Jamelão (ou ele próprio) é um patrimônio nacional.

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