Cannes começa com première de ‘Robin Hood’

Começa hoje a 63.ª edição do Festival de Cannes, maior evento de cinema do mundo, com o cineasta Tim Burton na presidência do júri. O festival estende o tapete vermelho, nesta noite, para a première mundial de “Robin Hood”. O épico de Ridley Scott, com Russell Crowe no papel do herói – e Cate Blanchett como Lady Marian -, estreia simultaneamente nos Estados Unidos e na Europa. Em Paris, os ingressos vendidos com antecedência autorizam a expectativa de um grande êxito. No Brasil, o filme entra em cartaz na sexta.

A produção alternativa ganha mais espaço nesta 63ª edição do festival. A seleção oficial, do diretor artístico Thierry Frémaux, reduziu a participação dos EUA. Woody Allen e Oliver Stone, entre outros, vão animar sessões especiais, mas com poucos astros e estrelas de Hollywood participando da competição.

Para Thierry Frémaux, a seleção de 2010 reúne o que de mais importante foi oferecido, ou pôde ser garimpado, no mundo. França, Itália e Alemanha vão representar a Europa, Coreia e China, a produção asiática e a América Latina envia à Croisette uma de suas estrelas: o mexicano Alejandro González-Iñárritu, que mais uma vez concorre à Palma de Ouro, agora com “Biutiful”.

Destaque

Em 1985, “O Beijo da Mulher Aranha”, que Hector Babenco adaptou do romance de Manuel Puig, valeu a William Hurt o prêmio de melhor ator em Cannes. No ano seguinte, o ator recebeu o Oscar da Academia de Hollywood. “O Beijo” completa 25 anos e Cannes festeja a data exibindo a versão restaurada do cult de Babenco na mostra Cannes Classics. É o Eldorado dos cinéfilos. Só obras-primas restauradas. O festival promete a presença de Babenco e equipe na exibição do filme.

Presença Brasileira

Nenhum filme brasileiro vai disputar a Palma de Ouro, mas Cacá Diegues, além de jurado da Cinéfondation, veste-se de gala com a turma jovem de “Cinco Vezes Favela” (Agora Por Nós Mesmos), a nova versão do filme dos anos 1960, peça importante na deflagração do Cinema Novo. “Cinco Vezes Favela” ganha sessão especial. A Quinzena dos Realizadores possui a fama de ser a seção ‘ousada’, pela experimentação da linguagem, de Cannes. É nela que Marina Melchiade e Felipe Bragança vão apresentar seu longa “A Alegria”. Na Semana da Crítica, um curta brasileiro, “A Distração de Ivan”, de Cavi Borges e Gustavo Melo, participa da competição.

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