Caio Blat e Maria Ribeiro protagonizam ‘Histórias de Amor’

Casados há um ano, Caio Blat e Maria Ribeiro já dividiram o palco no teatro, mas não gostam de vincular suas carreiras uma à do outro. Não aceitam fazer comerciais como casal, trabalham em emissoras de TV distintas – ele, na Globo; ela, na Record -, tocam seus projetos no cinema separadamente. No entanto, no ano que vem, Caio e Maria serão vistos juntos, e em crise, no filme Histórias de Amor Duram Apenas 90 Minutos, do roteirista Paulo Halm (de A Casa da Mãe Joana, Amores Possíveis, Pequeno Dicionário Amoroso e muitos outros), em seu primeiro longa como diretor.

“Eu só aceitei porque o roteiro é incrível. Não tenho esse projeto de ser ‘casal telejornal’. Quanto menos as pessoas souberem da minha vida, melhor”, diz Maria. Ela foi tomada pela história de Zeca e Júlia no ano passado, logo que chegou de Berlim, onde Tropa de Elite ganhara o Urso de Ouro (Maria fazia a mulher do Capitão Nascimento).

Caio, que já havia lido o roteiro, foi o primeiro ator em quem Paulo Halm pensou para viver Zeca, um sujeito de 30 anos que age como adolescente, à custa de uma herança e tenta escrever um livro que nunca termina. “Além de ser o melhor ator de sua geração, com um talento inesgotável, Caio tem a idade do personagem”, justifica Halm. “O filme é sobre a geração que, apesar de ter talento, nunca decola. São escritores que escrevem e não publicam, cineastas que não filmam, compositores que não gravam…”

Ele escreveu o roteiro entre 2002 e 2003, em meio a projetos de outros, mas só agora ganhou confiança para tocá-lo. Não o vê sob o rótulo de comédia romântica, apesar de ser uma história centrada num casal, com o casamento abalado pelas diferenças entre os dois – ele é melancólico, utopista, inerte e romântico; ela, resoluta, ativa, professora de belas-artes e doutoranda.

O filme, realizado com recursos do Programa Petrobras Cultural, passa-se no centro do Rio. A maior parte das filmagens, que terminaram segunda-feira, foi num prédio dos anos 30, onde os protagonistas moram. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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