Bebel Gilberto lança disco com influência do reggae

A cantora Bebel Gilberto, de 43 anos, filha de João Gilberto, lança seu quarto disco desde 2000, quando surgiu como a nova promessa da MPB. Para gravá-lo, foi para a Jamaica e decidiu respirar os ares do reggae de Bob Marley.

“Gravei um pedaço lá, um pedaço em Nova York e outro em Salvador, com o Carlinhos Brown. Ele está mais orgânico mesmo, mas não abdiquei totalmente do eletrônico”, justifica.

Brown gravou toda a parte percussiva do disco, que tem canções como “Sun is Shining”, de autoria de Bob Marley, que aqui ganha versão de Bebel: “Sol brilhando / E a manhã chamado / Te envolvendo / Até as pontas dos pés / Na esperança de um melhor / Na lembrança, aqui estou”.

Além de Brown e Marley, Bebel trouxe para suas 12 faixas nomes como os dos produtores Mark Ronson (Amy Winehouse, Lily Allen) e John King. De Stevie Wonder, Bebel canta “The Real Thing”. De Carmem Miranda, carrega na eletrônica em “Chica Chica Boom Chic”. Já Daniel Jobim, filho de Tom, produziu e tocou piano em “Bim Bom”, composição do pai de Bebel, o “seu” João.

Referência de música brasileira no exterior, Bebel diz se sentir um pouco deslocada na seara de novas cantoras brasileiras. “Não as conheço direito. Gravei com a Mariana Aydar e com a Céu, mas foi só. Acabo me sentindo um pouco estrangeira mesmo. Mas não me comparo com ninguém”, afirma.

Mesmo assim, a cantora vê um diferencial importante entre ela e a nova geração de cantoras do País: “Sou mais teatral, mais solta no palco. Talvez possa estar no time de Marisa Monte e Adriana Calcanhotto… somos todas ‘macaco velho'”.

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