Barão ajudou a forjar “espírito curitibano”

O “espírito curitibano” de não se envolver com nada, não tomar partido, permanecer alheio a questões mais delicadas pode ter surgido no trágico episódio da morte do Barão do Serro Azul. A tese é defendida por Maurício Apple:

“Sim, pois o barão negociou a paz dos lares de Curitiba a dinheiro. Depois que os federalistas foram embora, os pica-paus o acusaram de ter colaborado com eles, e o fuzilaram. Assim, o único que tomou partido naquela história acabou sendo assassinado. Será que não foi lá que se imprimiu no nosso imaginário o perigo de se tomar posições definidas?”, questiona. “É uma marca profunda, que se reflete no nosso comportamento até hoje.”

Maurício também explicou por que não fez qualquer esforço de divulgação até agora: “Não fizemos pré-lançamento porque o filme precisa ser inédito para poder concorrer. A sessão na Cinemateca foi para alguns convidados, como a Associação Comercial do Paraná e o Clube Curitibano – entidades co-fundadas pelo Barão do Serro Azul. Estou confiante, o filme está muito bem cotado, e será exibido na melhor noite do festival, a sexta-feira, dia 22. Além disso, quem já viu os concorrentes diz que ele é favorito… por isso prefiro fazer o lançamento quando já tiver os kikitos na mão”.

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