Bambas mostram toda a nobreza do samba na Reitoria

Xangô da Mangueira e convidados do samba carioca encerram com chave de ouro o projeto “O Samba a Sua Nobreza, realizado pelo Cimples Samba e Choro. A apresentação – que marca a chegada oficial do verão 2003, será hoje. Xangô, um dos maiores versadores de partido alto da história do samba, divide o palco com Nadinho da Ilha, Jurandir da Mangueira, Tantinho da Mangueira, Ataulfo Alves Jr. e Zé Luiz do Império Serrano. E ainda conta com o grupo Bom Partido, de Florianópolis.

Apesar do sobrenome verde-rosa, Xangô 30 foi um dos fundadores da Portela. A paixão pela Mangueira, no entanto, falou mais alto. Em 1939 se mudou para a escola de Cartola e lá atuou como diretor de harmonia e integrante da ala dos compositores. Até 1951 foi o puxador oficial dos sambas-enredo, passando o posto a Jamelão.

Na década de 70, gravou LPs com músicas suas, que também foram regravadas por diversos intérpretes, como Clara Nunes, Clementina de Jesus e Martinho da Vila. É conhecido por Mulher da Melhor Qualidade, Quando Eu Vim de Minas e Moro na Roça.

Grande sambista também é Zé Luiz do Império Serrano, autor de Todo Menino É um Rei e Eu não Fui Convidado. Outro “anônimo famoso” é Jurandir da Mangueira que, entre tantos sambas, compôs a obra-prima Cem Anos de Liberdade, samba da Mangueira no centenário da Abolição. Olha aí, gente, que ainda tem Nadinho da Ilha, Tantinho da Mangueira e Ataulfo Alves Jr., “filho de peixe”.

Toda essa gente vem a Curitiba graças ao produtor Anildo Guedes, cuja intenção é trazer o melhor do samba que não consegue o espaço merecido na grande mídia. “Nós queremos apresentar o que existe de mais autêntico na cultura brasileira, que é o samba. E, para isso, estamos escalando a verdadeira nobreza desse gênero musical”, diz ele.

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Hoje, às 21h, no Teatro da Reitoria. Ingressos a dez e cinco reais. Reservas (41) 229-1447.

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