Arabesco

Vinte e cinco anos depois de estrear na literatura com Labirinto, livro censurado pela ditadura militar, o escritor paraibano André de Figueiredo retorna à ficção, apresentando outro vitorioso trabalho: Arabesco – Todas as famílias deviam ser proibidas para menores (Editora Bom Texto). A novela começa com o personagem decidido a deitar no divã de Jung, na Suíça, para desespero da mãe que aguardava um filho tributário dos ideais (?!) de Epitácio Pessoa.

André de Figueiredo, já colocando o leitor diante de diálogo de fina ironia, vai abrindo clareiras de mordacidade e brincando com personagens, como Jane Itaguayr, cuja obsessão são os motoristas de táxi. O autor, aliás, divide o volume com Jane Itaguayr em A dama do táxi. Os cabelos e barba brancos de Figueiredo escondem a vitalidade e a jovialidade de um instigante escritor. De volta ao romance, ele anuncia para breve Arabesco – Mortes e mortes em família.

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