Apesar das cenas de nudez, Juliana Paes não aceita posar nua

A atriz Juliana Paes tem na vida tudo aquilo que a manicure Jaqueline Joy quer. Aos 24 anos, emenda com a personagem de Celebridade sua terceira novela em horário nobre da Globo, é figura fácil em capas de revista e esnoba convites para posar nua. E foi só ela protagonizar um generoso “topless” – de exatos dez segundos – no primeiro capítulo da trama de Gilberto Braga para atiçar novamente a libido do público masculino. “Na hora H, não pensei muito nas conseqüências. Fui lá e fiz. Difícil mesmo é na hora de assistir, em casa”, confessa, levemente encabulada.

Na verdade, Juliana já perdeu a conta das vezes em que foi convidada para posar como veio ao mundo para revistas masculinas. Na época de Laços de Família, que marcou sua estréia na tevê como a empregada Ritinha, ela deve ter quebrado algum recorde do mercado editorial ao recusar quatro convites em menos de dois meses. Anos depois, a relutância da moça continua a mesma. “Não digo que nunca farei, mas, no momento, ainda não tenho certeza. Além do mais, a Jaqueline já mostra coisa demais…”, desconversa, ruborizada.

Com medo de ficar rotulada como “mais um corpinho bonito” da tevê, Juliana preferiu investir em sua carreira. Mesmo quando não está no ar, não descuida das aulas de voz, interpretação e expressão corporal. Aplicada, Juliana chegou a interromper as férias nos Estados Unidos, onde moram a mãe e a irmã da atriz, ao saber que tinha sido escalada para a nova novela das oito. “Seria hipócrita se falasse que não gosto de ser famosa. Mas gravar uma boa cena ou ser elogiada pelo diretor é mais importante do que me ver na capa das revistas”, pondera.

Para convencer como a manicure obcecada em alcançar a fama, Juliana Paes caprichou na composição da personagem. Quanto ao manuseio de esmaltes e alicates, ela limitou-se a lembrar da adolescência vivida em São Gonçalo, no Grande Rio. “Antes de ficar famosa, era eu que fazia a unha da família toda. Manicure tem um quê de amiga, cúmplice, terapeuta…”, analisa.

Ao contrário de sua personagem na novela, que vive aprontando mil e uma para ficar famosa, Juliana Paes reconhece que sua carreira na tevê aconteceu do dia para a noite. Tudo começou quando o diretor de Laços de Família, Ricardo Waddington, viu o rosto de Juliana estampada em outdoors no Rio e a convidou para fazer um teste na novela. Pouco depois, ela ganhava o papel de Ritinha, que vivia levando cantadas um tanto cafajestes do patrão, o bon vivant Danilo, de Alexandre Borges.

Aos poucos, Juliana Paes parece ter conquistado o reconhecimento de todos. Desde a estréia na tevê, ela já trabalhou com três diferentes autores: Manoel Carlos em Laços de Família, Glória Perez em O Clone e, agora, Gilberto Braga em Celebridade. A atriz participou também da minissérie A Casa das Sete Mulheres, de Maria Adelaide Amaral e Walther Negrão, onde aparecia coberta da cabeça aos pés como a lenda gaúcha da Salamanca do Jarau. Para a alegria do público masculino, o figurino da atriz em Celebridade é bem mais “light”. “Sou totalmente diferente da Jaqueline. As pessoas não têm noção. Tenho um lado tímido que ninguém conhece. As pessoas me vêem como um mulherão, mas sou apenas uma menina”, provoca.

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