Ancinav: o que falta para sair do papel

O projeto da Agência Nacional do Audiovisual (Ancinav), que vai substituir a Agência Nacional do Cinema (Ancine), está todo elaborado e sua implantação só depende do Ministério da Fazenda e Receita. “Já estamos com o prazo vencido”, disse o secretário-executivo da Cultura, Juca Ferreira, ministro interino enquanto Gilberto Gil está em Cannes, na França. No dia 11 de fevereiro, Gil anunciou o novo Conselho Superior do Cinema e a elaboração da Lei Geral do Cinema e do Audiovisual. A regulação do setor é a ação principal que moveu o projeto da Ancinav.

Juca Ferreira abriu, anteontem, em São Paulo, o 5.º Fórum Brasil de Programação e Produção. Segundo o ministro interino, não há como o sistema audiovisual atuar isoladamente. “Mais de 70% do mercado representa o vídeo, DVD e TV, as áreas que crescem mais. O filme começa na sala de exibição e, depois, vai para esses caminhos”, disse.

A Ancinav será a maneira de integrar todas as áreas do audiovisual, “peça fundamental da economia, tanto nas exportações quanto na divulgação da imagem do Brasil no mundo”, completou Ferreira.

A transformação da Ancine em Ancinav ainda vai acontecer nos próximos meses e, como disse o ministro interino, já há nomes para a composição da agência, mas eles ainda não podem ser anunciados. “Desde o fim da Embrafilme, o cinema foi feito com a boa vontade dos cineastas. O Estado não pode se omitir”, afirmou Ferreira.

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