Ana Rosa volta à Globo após três anos na Record

Ana Rosa pode não ser o nome mais lembrado, mas o rosto da atriz de 66 anos é um dos mais familiares para o telespectador brasileiro. Entre passagens rápidas e papéis fixos em novelas, ela entrou até para o Guinness Book, em 1997, somando mais de 50 registros na dramaturgia nacional. Este ano, aumenta a marca com um papel de peso na próxima novela das sete, Três Irmãs, que estréia dia 15. A trama também a traz de volta à Globo, onde diz ter “raízes”, depois de três anos de contrato com a Record.

Aceitar o retorno à emissora foi fácil quando Ana Rosa descobriu que faria mais uma novela do autor Antonio Calmon, com quem já trabalhou em outras ocasiões, e ganharia um dos papéis principais: o de mãe das três protagonistas do folhetim (Carolina Dieckmann, Cláudia Abreu e Giovana Antonelli). Na trama, interpreta a viúva Virgínia Jequitibá, dona de farmácia que enfrenta a rival Violeta (Vera Holtz), por amor e causas ecológicas.

“Era para a Virgínia ser minha”, fala a artista. “O Calmon disse que a criou pensando em mim. Não deu certo de primeira. Aí, foi oferecida para a Regina Duarte, cogitou-se Nívea Maria, e não deu certo de novo. Então, voltou para mim. O que é do homem o bicho não come.” Diz isso rindo, de um jeito simples que faz crer que ela saiu ontem da cidade de Promissão, no Interior de São Paulo.

A atriz começou a carreira artística no circo daquela cidadezinha, ainda criança, até se mudar para a extinta TV Tupi, nos anos 60. Depois, trabalhou no SBT, na também extinta Manchete, na Globo e na Record. Da experiência acumulada tira a tranqüilidade de viver a matriarca inspirada na avó do autor. “Ela criou nove filhos, foi uma heroína do dia-a-dia, valente”, pondera. Ana Rosa também teve os seus dias de heroína do lar: com seis filhos, nunca parou de trabalhar. “Sempre precisei conciliar vida familiar e trabalho. Não digo que seja fácil, mas é uma experiência que me ajuda nesse papel.

Depois de integrar o elenco de Essas Mulheres (2005), Bicho do Mato (2006) e Caminhos do Coração (2007), na Record, fez a necessária pausa entre uma emissora e outra, e bateu o martelo com o canal dos Marinho. “Estou adorando voltar pra cá”, admite. Mas que não se espere dela alfinetadas à emissora concorrente. Definitivamente, este não é o estilo de Ana Rosa. As informações são do Jornal da Tarde.