Alunos especiais surpreendem nas oficinas de arte do Fera

O Festival de Arte da Rede Estudantil (Fera) realizado em Francisco Beltrão está com mais de 50 alunos especiais participando das 28 oficinas de arte. ?É um Fera marcado pela inclusão social?, afirma a coordenadora pedagógica do Festival, Maristela Sdroievski Cruz. A pedagoga explica que esses alunos não contam com oficinas exclusivas e estão convivendo com os outros alunos, ?o que é muito bom para ambos?, reconhece.

?Estou emocionada, pois eles nos surpreendem a todo o momento, quando aprendem e se colocam no mundo como pessoas iguais, porque é o que eles são?, confessa. O Festival mostra que não há diferença entre os alunos. ?Os estudantes com necessidades especiais sentem-se à vontade quando chegam ao evento principalmente porque os demais alunos são solidários e demonstram que não têm preconceito?, conta Adriana Estavão, responsável pela educação especial do Fera.

A oficina de ?Canto e Coral? é um exemplo. Entre o grupo há duas alunas especiais que estão aprendendo técnicas vocais. ?Os alunos deixam o preconceito de lado e se ajudam uns aos outros?, conta a oficineira Juliane Bassegio.

A estudante Diana Carina Gritti (16), do Colégio Estadual Nova Esperança do Sudoeste, de Nova Esperança, que teve paralisia infantil aos três anos de idade, disse que já ganhou três prêmios de canto em festivais, porém, do Fera é a primeira vez que participa.. ?Eu quero ser cantora, por isso estou na oficina de canto e coral. Já aprendi muita coisa e espero aprender muito mais até o último dia?, acredita.

Outra estudante, Edna Regina Zonta (36), do Centro Estadual de Educação Básica de Jovens e Adultos, de Francisco Beltrão, também está freqüentando a oficina de canto e coral. A estudante, que tem deficiência mental, afirma que não quer ser apenas cantora. ?Eu quero ser cantora e pianista. Além disso, quero aprender a tocar e cantar ao mesmo tempo?, conta entusiasmada.

Participação especial

Os alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), de Salto do Lontra, não participam do Fera, mas fizeram esta semana uma apresentação para os participantes da oficina de dança, para mostrar o trabalho que eles desenvolvem na associação.

O público ficou emocionado com a desenvoltura dos artistas especiais, que apresentaram uma dança dramatizada de Nossa Senhora do Rocio. A professora de educação artística e musical da Apae, Andréa da Rosa Baldessai, disse que cada apresentação dos alunos é um momento especial.

Andréa agradeceu a oportunidade de mostrar o trabalho desses alunos porque, segundo ela, a arte é fundamental para a vida dessas pessoas. ?A arte é importante na vida de qualquer pessoa, na verdade, é essencial. Para os alunos da Apae é a possibilidade de mostrar que eles também são capazes e que fazem tão bem como qualquer pessoa,?acredita.

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