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A história de Nat King Cole Daria um filme

Há uma história lembrada em um diálogo entre os músicos de Don Shelley em Green Book que vale um outro filme. Sim, é verdade que Nat King Cole sofreu como cão nas mãos de racistas brancos dos Estados Unidos, e o que se conta no filme é só uma parte. Quando se apresentava cantando Little Girl em 1956, em Birmingham, três homens que pertenciam ao Conselho dos Cidadãos Brancos do Norte do Alabama tentaram sequestrá-lo em pleno palco. Os brutamontes chegaram pelos corredores, subiram ao tablado, jogaram Cole de costas no chão e tentaram levá-lo. A segurança agiu rápido e conseguiu contê-los. Cole saiu com as costas machucadas e os agressores, presos. Eles acabaram condenados pela Justiça.

Antes disso, em 1948, Nat King Cole já era um astro quando sentiu o amargo do racismo pela primeira vez. A casa que havia comprado em um condomínio luxuoso de Los Angeles foi alvo da KKK (a Ku Klux Klan), que ameaçou sua família da forma que mais gostava: ateou fogo a uma cruz gigante fincada em frente à sua residência. Quando os conselheiros do condomínio disseram que “não queriam pessoas indesejáveis mudando-se para lá, ele concordou e respondeu: ‘Eu também não quero, se eu vir alguém indesejável aqui, aviso vocês'”.

No Hotel Nacional de Cuba, em Havana, 1956, ainda na era de Fulgêncio Batista, Cole não pode se hospedar no mesmo local em que iria cantar porque alegaram “restrição para pessoas de cor”. Ainda assim, fez uma grande apresentação na casa Tropicana, honrando com seus compromissos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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