São Paulo (AE) – Técnica desdenhada por Hollywood no passado, o 3D ressurge como grande aposta para reconquistar os espectadores que andam preferindo o DVD às salas de cinema. Nesse contexto, o título em português para o novo longa-metragem de animação da Disney, Meet The Robinsons – A Família do Futuro – soa até como trocadilho. O filme entrou nos cinemas americanos na semana passada e já entrou para a história como a maior estréia em formato 3D de todos os tempos. Fez US$ 25,1 milhões como vice-líder nas bilheterias, provando que os executivos dos maiores estúdios de cinema do mundo estão certos em investir na tecnologia que faz os filmes saltarem da tela.

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Lá, as cópias em 3D de A família do futuro ocuparam 581 das  4 mil salas que exibem o filme – e estas renderam US$ 7,1 milhões. Aqui, o filme estréia hoje com 240 cópias, mas duas delas são em 3D – Cinemark Eldorado, em São Paulo, e NorteShopping (UCI-Kinoplex), no Rio. Os ingressos da sala especial do Eldorado custam R$ 20 e podem ser comprados com uma semana de antecedência, tanto nas bilheterias do cinema quanto pela internet.

Como é a única sala da cidade e esta é a primeira estréia em 3D – até agora, os filmes entravam em cartaz ali depois de já estarem no resto do circuito -, dá para prever que os ingressos estarão concorridos, mesmo sendo mais caros.

A produção em 3D pode elevar em US$ 15 milhões o orçamento de um filme, mas numa conta de padeiro os executivos hollywoodianos estão chegando à conclusão de que o investimento compensa. Já perceberam, aliás, que o público não só será atraído para as salas pela tecnologia, como também estará disposto a pagar mais para ver um filme – a previsão é que o preço suba entre 10% e 15%. 

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