54 países lutam pelo oscar de filme estrangeiro

Um número recorde de 54 países apresentou seus filmes para a Academy of Motion Picture Arts and Sciences para integrar o quinteto final que competirá pelo Oscar ao melhor filme estrangeiro, que será entregue ? junto com o resto das ambicionadas estatuetas ? no próximo 23 de março no Kodak Theatre em Los Angeles.

Esse é o número mais elevado de filmes que já entraram na briga por esse prêmio, anunciou a Academia no último 2 de dezembro. Afeganistão, Chade e Bangladesh se apresentam na competição pela primeira vez, enquanto entre os latino-americanos estão Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, Colômbia, Cuba, México e Venezuela.

Os nomes dos cinco filmes que formarão o quinteto indicado para o Oscar serão conhecidos durante a cerimônia geral de 11 de fevereiro no teatro Samuel Goldwyn da Academia, sempre em Los Angeles.

Entre os candidatos mais renomados para chegar ao turno final no caminho para o Oscar está o italiano Roberto Benigni, que com “Pinóquio” espera poder repetir o grande sucesso de 1999, quando venceu não apenas o Oscar ao melhor filme em língua estrangeira como também o de melhor ator e melhor música.

Também têm possibilidades o brasileiro Fernando Meirelles, diretor de “Cidade de Deus”, e o argentino Marcelo Piñeyro, diretor de “Kamchatka”, que volta à disputa do Oscar depois de 1985, quando chegou como produtor de “A história oficial”.

O candidato mexicano está, por seu lado, envolvido em polêmicas. A academia mexicana de cinema escolheu como seu representante “O crime do padre Amaro”, de Carlos Carrera, deixando de fora o bem-sucedido “Y tu mamá también”, de Alfonso Cuarón.

Em recente entrevista ao semanário “Entertainment Weekly”, Cuarón, escolhido para dirigir o terceiro episódio da saga de Harry Potter, afirmou que em seu país “se alguém triunfa nos Estados Unidos é considerado pouco menos que um porco capitalista”.

Se tiver sorte, “Y tu mamá también”, oportunamente já estreado nos Estados Unidos, poderá competir por um lugar entre os indicados nas demais categorias do Oscar, tal como aconteceu com Benigni com “A vida é bela” e Federico Fellini com “Oito e meio”.

Os outros filmes latino-americanos em concurso são “Ogu y Mampato en Rapa Nui” (de Alejandro Rojas, Chile), “Los niños invisibles” (lisandro Duque Naranjo, Colômbia), “Nada más” (Juan Carlos Cremata, Cuba), “Corazón de fuego” (Diego Arsuaga, Uruguai) e “La pluma del arcángel” (luis Manzo, Venezuela).

Outros filmes destacados são o francês “Oito mulheres”, de François Ozon; o dinamarquês “Open hearts”, de Susanne Bier; o russo “House of fools”, de Andrei Konchalovsky, e o britânico “Eldra”, de Tim Lyn.

Segundo informou a Academia, o comitê para os filmes estrangeiros, encabeçado pelo produtor Mark Johnson (Oscar por “Rain man”), começou a assistir aos filmes apresentados a partir de 4 de dezembro.

Voltar ao topo