Poly Anna Fernandes Lima lança Âme, seu terceiro livro de poemas, ao som do trio de bossa nova e MPB formado por Guego, Daniel e Zezinho, e ao lado da exposição de fotos do deserto de Atacama, fruto da viagem ao Peru dos jipeiros Hélio Lopes Fernandes Lima (irmão da poeta), Michel Guiga, Mauro Daledonne e Alberto Vellozo. O encontro está marcado para o anoitecer de amanhã, no Bar do Hermes.
Âme reúne uma produção poética de dez anos de 1991 a 2001 – e o título é uma referência à palavra alma ou ao indizível, como filosofou Voltaire. Numa edição da Comunicare, assinam a capa Toni Razera e Vânia Alves Cordeiro, evocando uma borboleta – imagem que simboliza a evolução da alma, segundo os orientais, e o renascimento, segundo a psicanálise.
Tal qual a borboleta que vive ritos de passagens, da lagarta à crisálida, os poemas de Âme navegam pela vida e pela morte. Assim, é explicável a presença de duas mensagens na abertura do livro as do avô (desembargador) Lauro Sodré Lopes, psicografada pelo advogado Walter Amaral.
Perdas e ganhos
“São poemas de perdas e ganhos”, resume Poly Anna, que desde a infância aprendeu a escrever seus sentimentos. Antes publicou Sonhos de Papel (1981) e Espaço Inicial (1989), ambos livros de poesia. Âme, avalia o poeta Maneco Moscalewski, é “o melhor momento de sua trilogia inconsutivelmente evolutiva”. Outro poeta, José Fernandes, repara que “Poly Anna tem dessas almas que não sofrem de miopia (?A minha alma te olha nos olhos e te enxerga com a ternura e com a serenidade dos grandes senhores?) e que se lamenta ao atingir impossibilidades (?A minha dor maior é não tocar tua alma como gostaria?)”. E exalta: “Aí está a poeta de grande alma banhada num rio esvaziado por suas mãos. Procura-se, acha-se, torna a perder-se”. Curitibana do Batel, um filho de 10 anos e a terapia ocupacional por profissão, Poly Anna já se dedica ao quarto livro, Inconfissões.
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Sessão de autógrafos amanhã, às 19h, no Bar do Hermes (Av.Iguaçu, 2504, fone 3018-9320).