Zezé volta a brigar por vaga em Atenas

São Paulo – Os novos talentos da seleção brasileira feminina de handebol que sonham com uma vaga nos Jogos Olímpicos de Atenas, em agosto, terão um obstáculo a mais na briga por uma das 15 vagas em jogo: a armadora Zezé, de 34 anos, está de volta à equipe depois de um ano de ausência.

A veterana, que integrou a Seleção por 18 anos, avisa: “Minha disposição é a mesma de quando fui convocada pela primeira vez”. Zezé teve problemas pessoais ano passado, que interferiram no seu desempenho em quadra. Por conta disso, ficou fora do mundial da Croácia e do pan de Santo Domingo.

“Foi um processo de doença do meu pai, que acabou falecendo. Foi difícil porque ele estava comigo desde que comecei a jogar, com nove anos. Mas nunca perdi a vontade de estar na seleção. Quando fui convocada para o grupo, me senti uma menina de novo, como quando recebi a primeira convocação.”

Mas a caminhada até Atenas será dura: são 29 atletas brigando por 15 vagas. Na mesma posição de Zezé estão Millene, artilheira do Mundial Júnior do ano passado. A atleta de 21 anos declara: “Quando eu era pequena, via a Zezé jogar e ficava pensando em como ela era boa. Hoje, disputo vaga com ela. É uma sensação gratificante, mas estranha.

Na quadra, não me importo se a adversária é a Zezé ou uma menina mais nova, que não tem muita experiência.” Outro grande nome da nova geração é Tayra, de 21 anos, também armadora. “A Zezé é um diferencial no time, é uma pessoa experiente e madura. Mas se ela tem suas qualidades eu tenho as minhas. Que vá a Atenas a melhor.”

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