A seis dias da largada do Paranaense, o grupo do Paraná Clube ainda não está fechado. O técnico Zetti, enquanto espera pelo menos mais dois reforços – em especial um meia-armador – começa a definir amanhã o time que escalará para o jogo diante do Iraty, às 16h, na Vila Capanema. Muito provavelmente, ainda sem contar com as principais contratações do clube para a temporada: os zagueiros Daniel Marques e Aderaldo e o atacante Josiel.
O treinador, de olho na preparação para a Libertadores, não pretende correr riscos desnecessários. ?Muitos jogadores estão distantes de uma condição física aceitável. E isso vai pesar muito na hora de escolher o time que vou utilizar nestes primeiros jogos?, revelou Zetti.
A sua intenção é escalar atletas que suportem pelo menos 60 minutos de jogo em ?alta rotação?. Como o tempo de preparação não é o ideal – na sua avaliação, com menos de trinta dias é impossível se atingir um bom condicionamento físico, técnico e tático – o jeito é ?improvisar?, encontrando atalhos.
?Estou conversando muito com os preparadores físicos. Eles irão me confirmar com quais jogadores posso contar nessa rodada inicial?, confirmou Zetti. ?Não adianta forçar uma situação agora. Temos um grupo de jogadores e aqueles que forem escalados terão condições de realizar um bom jogo?. O treinador já coloca em prática, no início do Paranaense, a sua diretriz de trabalho. ?Quero um grupo onde todos se sintam importantes. Se sintam titulares?, comentou.
Depois de quase uma semana dedicada quase que exclusivamente a avaliações e treinos físicos e testes cardiológicos (no Hospital do Coração), agora os trabalhos com bola ganham espaço. Zetti pretende comandar amanhã o único coletivo da semana, deixando os jogadores mais ?soltos?, como numa simulação de jogo. ?Até aqui, os treinos foram em campos reduzidos, aprimorando a posse de bola?, lembrou o treinador, que já definiu o 4-4-2 como sistema de jogo a ser aplicado nesse início de ano.
?Minha tarefa é montar o time de acordo com a condição do grupo.
No momento, a tendência é escalar o time só com dois zagueiros?, explicou Zetti. Nas últimas temporadas, o 3-5-2 foi o sistema de jogo mais utilizado pelos treinadores. As simples – e prováveis – ausências de Daniel Marques e Aderaldo (sem contar Neguete, que ficou bom tempo tratando de lesão no joelho) justificam a posição do treinador. ?O ideal é ter um time versátil, capaz de mudar de sistema durante os jogos. Mas, isso leva tempo?, frisou o técnico paranista.
Batista perto de renovar
O volante Batista se apresentou no sábado – com três dias de atraso -, começou a treinar e até realizou os exames de coração obrigatórios. Mas, ele ainda não renovou seu contrato e a pedida inicial ?assustou? os dirigentes. ?Estamos em negociação. Acredito que não haverá problemas?, amenizou o vice de futebol José Domingos. Um dos jogadores mais regulares do time no último Brasileiro, Batista será reemprestado por mais um ano, pela Adap.
Entre os clubes está tudo certo, nos mesmos moldes da transação anterior.
O Paraná mantém um percentual no caso de qualquer negociação envolvendo o jogador e, em contrapartida, se compromete a não impor dificuldades caso surja alguma oferta interessante, em especial do exterior. Uma reunião entre o jogador, José Domingos e o presidente José Carlos de Miranda, hoje, deve definir a situação. ?Desde que ele se enquadre na realidade financeira do clube?, frisou Miranda. Com Batista, a comissão técnica poderia armar o meio-de-campo a partir do bom entrosamento da dupla Beto-Batista.
Já em relação a Marquinhos não houve resposta até o momento.
O empresário Marcel Figger não se posicionou a respeito da oferta do Paraná para a compra de 60% dos direitos federativos do meia-armador. Sentindo que a transação ?esfriou?, o diretor de futebol Durval Lara Ribeiro trabalha em outras frentes. Há pelo menos três nomes já contatados (mas não revelados) e a intenção da diretoria é fechar pelo menos mais esta contratação ao longo da semana. ?Creio que com mais um articulador, teremos um grupo de qualidade, capaz de iniciar bem o estadual e a Liberatadores?, finalizou Vavá Ribeiro.