Zagueiro Lúcio inaugura ginásio no Batel

Mais tempo e respaldo para Dunga e muita calma numa hora de dificuldades. A maioria da torcida brasileira certamente não concorda. Mas para o zagueiro Lúcio, essa é a melhor receita para a seleção brasileira superar a má fase e voltar a ser reconhecida como a principal equipe do futebol mundial.

Lúcio esteve no Paraná ontem, para a inauguração do ginásio de esportes da Primeira Igreja Batista de Curitiba, no bairro Batel. O meia Lúcio Flávio, do Botafogo, também veio para conferir o projeto, comandado pelo pastor Anselmo Reichardt Alves, ex-ponta-direita do Atlético nos anos 80 e capelão da seleção nas duas últimas Copas do Mundo.

A missão de fé era o motivo da visita. Mas o mau momento da seleção, que está em quinto lugar nas Eliminatórias e hoje estaria no grupo da repescagem para o Mundial de 2010, era o que todos queriam comentar com o capitão do Brasil. Assunto delicado para um dos principais jogadores do time canarinho, titular desde a conquista do penta, em 2002. Mas que Lúcio encarou numa boa.

O que está impedindo a seleção de apresentar o futebol que vocês e a torcida gostariam de ver?

Lúcio – Quando os resultados não aparecem, a pressão é muito grande e alguns jogadores sentem uma certa insegurança. É final de temporada para quem joga na Europa e alguns companheiros estavam duas ou três semanas sem jogar. Mas isso é normal e toda equipe passa por momentos difíceis. Precisamos permanecer firmes e sair de cada jogo sabendo que demos o nosso melhor.

O trabalho do Dunga está sendo muito questionado. Como os jogadores encaram isso?

Lúcio – Os últimos resultados não foram bons e a pressão sempre aparece. Nós procuramos sempre minimizar isso. Todos apóiam e gostam muito do Dunga. Esperamos que ele tenha tranqüilidade para trabalhar, pois assim logo voltaremos a vencer.

Você ainda pensa em disputar as Olimpíadas?

Lúcio – Gostaria muito de jogar, mas não será possível. Me coloquei à disposição, mas o Bayern já avisou que não irá me liberar. Para mim é sempre um sonho defender a seleção, ainda mais em busca de um título inédito. Mas o Bayern já tomou sua decisão. Só três maiores de 23 anos poderão ir e ninguém ainda sabe quais serão. Não adianta todos os jogadores ficarem brigando com seus clubes.

O que você achou da convocação do Ronaldinho pelo Ricardo Teixeira, presidente da CBF?

Lúcio – Ele é um jogador fantástico e muito importante para a seleção. Tenho certeza que ajudará o Brasil nas Olimpíadas. Não é comum um jogador ser convocado sem a palavra do treinador. Mas com certeza isso é algo que ainda será conversado entre o presidente e a comissão técnica, para evitar qualquer problema.

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