Zagueiro André perde mais uma para o Paraná

O zagueiro André não obteve sucesso na Justiça do Trabalho e o Paraná Clube comemorou o fato como mais uma vitória para ter seus direitos confirmados em mais este litígio.

Alegando salários atrasados, o jogador abandonou o clube para tentar a conquista dos direitos federativos. Já está marcada para o próximo dia 1.º de agosto uma audiência de consciliação. Situação pouco provável, pois André já completa um mês de afastamento e até mesmo já deixou o apartamento que habitava e era alugado pelo clube.

O primeiro revés ocorreu na 5.ª Vara do Trabalho, onde o atleta ingressou no início do mês. A liminar não foi concedida e o juiz Bento Luiz de Azambuja Moreira marcou audiência para ouvir a outra parte interessada. A estratégia dos advogados do atleta foi partir para uma instância superior, entrando com o pedido de liminar no Tribunal Regional do Trabalho – 9.ª Região. A juíza Marlene Fuverski Suguimatsu confirmou a decisão anterior e negou liminar. Sem outra instância a recorrer, resta ao jogador esperar mais uma semana para apresentar sua versão na audiência de conciliação.

O departamento de futebol do Paraná sustenta a posição de não ter infringido a legislação – os salários, mesmo atrasados, não atingiram o limite de noventa dias, e está em dia com o FGTS – o que, se confirmado, garante vitória ao Tricolor. “Não vejo problemas para a conciliação. Mas, não posso responder pela outra outra parte”, comentou o superintendente de futebol Ocimar Bolicenho. O clube já fez a notificação do abandono de emprego, que valerá a partir do 40.º dia. Amanhã, André completa um mês de afastamento.

Adequação

A origem deste impasse é a crise financeira do Paraná. Os dirigentes não escondem o receio pelo quadro que se define para o segundo semestre. Além da redução das cotas de televisão, os constantes desmandos – com a interferência da Justiça Comum na área desportiva – também geram descrença e a fuga de possíveis investidores. O Tricolor ainda não conseguiu comercializar o patrocínio em suas camisas e não vê, num futuro próximo, fontes de renda que possam suprir a sua folha de pagamento, que gira em torno de R$ 280 mil. O presidente Enio Ribeiro deve convocar ainda esta semana uma reunião com todos os ex-presidentes, para discutir uma adequação do clube ao seu novo orçamento. A exemplo de outras equipes do futebol brasileiro, é provável que haja uma redução salarial como forma de “driblar” o atual momento. A saída imediata seria a venda do atacante Márcio, hoje, a sua principal “moeda”.

Neneca quer renovar e recuperar a posição

O Paraná ainda não conseguiu acertar a renovação do contrato do goleiro Neneca. O clube fez proposta ao jogador para um acerto por mais um ano e meio, mas sem reajuste. Neneca – que tem Ney Santos como seu procurador – ainda não deu resposta. Titular da posição em boa parte do primeiro semestre, Neneca, hoje, tem sua situação ameaçada por Marcos, que só saíu da equipe devido à uma fratura na mão direita.

O técnico Otacílio Gonçalves espera os treinos de hoje e amanhã para definir o time que enfrenta o Juventude, sábado, na Vila. Ele ainda depende da recuperação do lateral-direito Bosco. Devido à uma lesão na coxa esquerda, ele não participou do jogo treino do último sábado. Ontem já foi liberado para os trabalhos físicos, que serão progressivos até a sua total recuperação. Já o zagueiro Xandão, recuperado da entorse de tornozelo, já voltou aos treinos com o grupo. Ele deve formar dupla com Flávio Luís.

O time-base para o amistoso é o seguinte: Marcos; Bosco (Goiano), Xandão, Fábio Luís e Fabinho; Leandro, Sidnei, Ronaldo e Maurílio; Dennys e Luciano.

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