Wimbledon mostra a realidade brasileira

Londres – As derrotas de Flávio Saretta e André Sá na primeira rodada do Torneio de Wimbledon mostram a triste realidade do tênis brasileiro. Este ano, com exceção das quartas-de-final de Gustavo Kuerten em Roland Garros, os brasileiros estiveram longe de boas campanhas nos Grand Slams, no pior desempenho do País desde 2000. A situação crítica ainda parece ser resultado das brigas políticas, do boicote à Copa Davis e outras interferências que prejudicam o foco dos jogadores.

Saretta confessou que só nas últimas semanas está ?arrumando sua vida?, encontrou um novo lugar para treinamentos, um novo ambiente, mas vê com tristeza o fato de seu sacrifício não ter ajudado a solucionar a crise na CBT, com a permanência de Nelson Nastas no comando da entidade, às vésperas de um novo confronto do Brasil diante da Venezuela, marcado para o próximo mês.

Ainda assim, Saretta mostrou condições de vencer na estréia em Wimbledon. O resultado de 5/7, 6/0, 6/1 e 7/6 (11/9) para o suíço Ivo Heyberger foi mesmo estranho. Nos momentos em que esteve concentrado, o brasileiro esteve melhor e criou oportunidades, como os dois set points no quarto set. “Estava difícil de me concentrar naquela quadra, com muita gente falando”, reclamou. “Estava num dia ruim.”

Situação ainda pior viveu André Sá. Seu adversário, o marroquino Hicham Arazi, não lhe deu chance. Venceu por 6/1, 6/4 e 6/2, praticamente dando uma aula de tênis. “Este é o torneio que mais gosto de jogar, mas o Arazi não me deu oportunidades.”

Voltar ao topo