Washington avisa que vai estrear contra o Coritiba

O atacante Washington começou a treinar ontem no CT do Caju e, mesmo sem ter firmado contrato com o Atlético, já projeta sua estréia contra o Coritiba.

Apesar de toda a pressão e da responsabilidade de se jogar um clássico, o artilheiro garante que quanto mais especial for a partida melhor para voltar a campo. A partida está programada para o dia 14 de junho, prazo que o próprio jogador está se dando para se recuperar totalmente e poder defender um clube novamente após ter sofrido uma cirurgia cardíaca.

“Se tu confia no teu futebol é a melhor coisa que tem, rapaz, a possibilidade de tu poder estrear no clássico”, disse ontem o atacante. Segundo ele, a outra possibilidade de estréia seria contra a Ponte Preta, outro jogo especial por se tratar de um ex-clube. “São dois jogos especiais que tem a possibilidade (da estréia), mas, se você tem confiança, não tem erro. Você vai e mete bronca”, brincou. A confiança se justifica porque o jogador só precisa do sinal médico dos cardiologistas, já que fisicamente está tudo em ordem com o atleta.

Nada que assuste o jogador, que luta contra a diabetes e se recupera de uma operação no coração. Nem a exigência de mais exames por parte do Atlético esmoreceu a vontade de Washington de poder brilhar novamente nos gramados. Segundo ele, é mais uma garantia para ele mesmo. “Isso é normal, não só comigo, mas com qualquer jogador. Eles têm que tomar todas as precauções e cuidados possíveis e isso também é importante para mim, que fico mais tranqüilo.”

Enquanto não é liberado para poder assinar contrato e pensar efetivamente em estrear com a camisa rubro-negra, o artilheiro segue uma rotina à parte no CT. “Vou fazer uns dez dias de exercícios mais leves e depois vou aumentando o ritmo”, informou. Isso significa caminhadas na esteira e musculação enquanto não cicatriza a incisão feita para a realização dos exames. “Depois começo a trotar e a pegar na bola e, em seguida, trabalho normalmente com o grupo.” Paralelamente, ele espera a liberação da Fifa para poder ficar livre do Fenerbhaçe. Os advogados do jogador continuam esperando uma posição da entidade, mas Washington acredita que em duas semanas ele terá a liberação nas mãos.

David ganha sua chance como titular no Atlético

O lateral-direito David está vivendo uma situação privilegiada no Atlético. Ao contrário de partidas anteriores, o técnico Osvaldo Alvarez escalou o substituto de um titular com uma semana de antecedência. Já no jogo contra o Juventude, a jovem promessa rubro-negra sabia que iria atuar contra o Internacional. Tudo devido ao terceiro cartão amarelo de Alessandro, o dono da camisa 2. Apesar de não jogar uma partida oficial desde o dia 5 de fevereiro, ele confia em seu potencial para poder manter o mesmo ritmo de Praguinha no lado direito do campo.

“É uma oportunidade boa para eu poder mostrar para o professor as minhas qualidades também e principalmente ajudar o Atlético a conquistar os três pontos”, analisou. Segundo ele, mesmo sem ter o ritmo ideal de jogo, sua atuação não será prejudicada. “A gente não tem sempre a oportunidade e quando aparece nós temos que dar o melhor para estar sempre à disposição”, disse à Tribuna.

Estrela, ele já mostrou que tem. No ano passado, em sua estréia no time profissional, acabou marcando um gol contra o Atlético Mineiro. “Eu tive a oportunidade de fazer aquele gol e agora é pensar no Internacional em Porto Alegre. Se der para marcar outro gol, beleza, mas o principal é jogar bem e ajudar o time.”

Contra o Juventude, ao ver Alessandro levar o terceiro amarelo, Vadão o substituiu e colocou David para já se ambientar com o restante do time. Foi um aperitivo para a partida contra mais um gaúcho. “Aqueles minutos contra o Juventude já me ajudaram bastante. Serve para pegar confiança. É pouquinho tempo, mas já ajuda bastante.”

Mesmo assim, e apesar de a torcida às vezes pedir sua entrada, ele mantém o respeito em relação a Alessandro. “Eu penso em jogar, mas nunca em tirar a posição dele. Na minha cabeça, ele é o dono da posição e eu estou no grupo para ajudar e nunca pensando em atropelar as coisas”, finaliza.

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