Washington acertou e só aguarda pela liberação

A mais nova atração do Atlético para o campeonato brasileiro, o atacante Washington, deverá estrear ainda este mês. A garantia é do procurador do atleta, o ex-goleiro Gilmar Rinaldi, que está agilizando a liberação da documentação na Fifa, para que o novo contratado do rubro-negro possa o mais rápido possível voltar a jogar. Ontem, o artilheiro passou por uma bateria de exames médicos e foi conhecer o CT do Caju, onde começa a treinar na segunda-feira.

“O advogado está fazendo esta parte e o mais breve possível ele já poderá ser registrado como jogador do Atlético”, disse Rinaldi à reportagem de O Estado. De acordo com ele, as decisões na entidade são rápidas e sempre favoráveis aos jogadores nos casos de atraso salarial. “Sete meses de salário atrasado é um bom motivo para eles darem a liberação. Em vários casos, até em menos tempo de atraso eles deram a liberação”, informou. Segundo ele, a partir do momento que a Fifa der a liberação ficarão faltando apenas os trâmites normais da CBF para deixar o jogador apto a vestir a camisa rubro-negra.

Com contrato até o final do ano, Washington reencontrou no CT do Caju alguns companheiros de outros clubes. O técnico Osvaldo Alvarez e o auxiliar técnico Gersinho trabalharam com ele na Ponte Preta, o preparador físico Solivan Dala Vale e o atacante Ilan foram colegas de Paraná Clube, além do zagueiro Capone, que esteve no Juventude enquanto o atacante estava no Caxias. “Eu que sequei ele. Agora ele está aqui”, brincou Vadão. Uma recepção para lá de calorosa. “Para mim é uma honra imensa vestir a camisa do Atlético. Um clube que foi campeão brasileiro e que tem uma estrutura muito boa. Estou muito feliz e espero desempenhar aqui o mesmo que eu fiz na seleção, na Ponte Preta, que é lutar pelo título e dar muitas alegrias a essa torcida”, discursou.

Brincadeiras à parte, o clube está tomando todas as precauções para se inteirar do atual estado de saúde do jogador. Diabético, Washington foi obrigado a se submeter a uma cirurgia coronária no dia 27 de novembro do ano passado para desobstrução de uma artéria. “O Washington fez exames nos Estados Unidos (Clínica Mayo), no Instituto do Coração (São Paulo) e não deu nada. Mas, como é de praxe no Atlético ele será submetido a mais duas baterias em Curitiba (com o doutor Costantino Costantini e com o chefe de cirurgias cardíacas do Hospital Cajuru) para, a partir disso, ser liberado”, explicou o chefe do departamento médico do Atlético, Edílson Thiele. Com tudo isso resolvido, o jogador assina o contrato com o clube e fica à disposição de Vadão. No entanto, a partir de segunda-feira ele começa a treinar no CT para entrar no mesmo ritmo dos companheiros.

Vadão acha que ainda tem jeito

O técnico Osvaldo Alvarez não vive uma situação agradável no comando do Atlético. Em 13 partidas à frente da equipe rubro-negra, o treinador conseguiu conquistar apenas 38,5% dos pontos disputados. Um aproveitamento inferior até do que Heriberto da Cunha, que foi enxotado da Arena e do clube pela torcida após perder em casa para o Grêmio Maringá. Mesmo assim, o comandante do Furacão acredita na recuperação, principalmente devido ao entrosamento da equipe e a contratação do atacante Washington.

“Temos que vencer agora e correr atrás do prejuízo (sic). Nós temos duas, três equipes que deslancharam, mas das demais nós estamos próximos. Se a gente não trabalhar em cima de 65%, 70%, fica difícil”, analisou Vadão. Segundo ele, o time precisa parar de errar. “O mais importante é que a gente tenha uma sequência boa de resultados positivos para que a gente encoste e fique mais próximo do bloco que está disparado”, aponta o treinador.

Apesar de o líder já estar 11 pontos na frente, Vadão aposta no tropeço dos atuais primeiros colocados. “É possível alcançá-los, até pelo número de jogos que faltam. Essas equipes também tropeçarão. O Atlético Mineiro disparou e já teve dois tropeços. Isso vai acontecer, mas o que não pode é a gente deixar a coisa ficar muito longe, porque se a gente não chegar, outro vai chegar”, finaliza.

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