Volta de Santa Catarina reúne a nata do ciclismo

Principal prova do ciclismo brasileiro de longa duração, começa hoje a 17.ª Volta Ciclística Internacional de Santa Catarina, valendo pontos para o ranking mundial da União Ciclística Internacional (UCI). Mais de 100 ciclistas de 16 equipes, inclusive do exterior, vão percorrer os 760 quilômetros até o dia 7 de setembro.

Hoje, em Laguna, sul do Estado, os competidores participam do prólogo, a partir das 16h, num circuito de cinco quilômetros, que não conta tempo para a disputa, mas define quem larga com a camisa amarela de líder na etapa de abertura da Volta, marcada para amanhã, às 10h.

A “maratona” de oito dias nas estradas começa com o trecho de 129 quilômetros entre Laguna e Bom Jardim da Serra, quando os competidores sobem a sinuosa e exigente Serra do Rio do Rastro. Três ciclistas que já venceram a prova, justamente os mais experientes do País, aparecem com chances de novos triunfos. O grande nome é o catarinense Márcio May, da equipe Memorial-Santos, que luta pelo tetracampeonato.

Campeão em 1987 e 88, ele voltou a vencer ano passado e agora atravessa uma de suas melhores fases na carreira. O atual número 1 do ranking brasileiro individual, participou este ano de quatro voltas ciclísticas, venceu duas, a de Goiás e do litoral Paranaense, e foi o melhor brasileiro nas outras duas, na do Rio de Janeiro e do Chile, mostrando grande preparo físico. Nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, não levou medalha na prova de resistência, por muito pouco, sendo superado nos metros finais.

Na competição, ele terá o apoio da forte equipe, que conta com outros três integrantes da seleção brasileira que esteve no Pan, entre eles Hernandes Quadri Júnior, 17 vezes campeão nacional e bicampeão da Volta em 92 e 95. Outro favorito na disputa e também da Memorial é Antonio Nascimento, o Tonho, vice no ano passado. Entre os grandes adversários está o argentino Gonçalo Salas, da equipe Isenbeck Premium, o campeão da dura Volta do Chile, em 2002.

A lista dos favoritos conta também com o outro vencedor da Volta de Santa Catarina, em 94, José Aparecido dos Santos, o Zezinho, da equipe Caloi/ Extra/ Suzano. Do mesmo time, Renato Rohsler é outro cotado, por ter um desempenho muito bom nas montanhas. Este ano, ele venceu a Copa América. Ainda merecem atenção os irmãos Fabrício e Maurício Morandi, da equipe de Blumenau Vince/ Jamur; Soelito Ghor, da Pedal Bike Shop/ São José dos Campos; José Cláudio dos Santos, o Facex, de Guarulhos; e Alex Mayer e Daizon Mendes, da equipe Dataro Computadores.

“O título da Volta é o objetivo de qualquer ciclista do Brasil e agora também é um prêmio valorizado no exterior, com a competição fazendo parte do calendário da UCI”, explica João Carlos de Andrade, presidente da Federação Catarinense de Ciclismo, organizadora do evento, que tem o patrocínio do Governo do Estado de Santa Catarina, Golden Bingo e Vega do Sul.

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