Vôlei feminino vence a Itália e confirma 2.º lugar

Com a vaga olímpica já assegurada, a seleção brasileira feminina de vôlei entrou em quadra ontem para definir sua colocação na Copa do Mundo do Japão. Em Osaka, as brasileiras encerraram sua participação com vitória sobre a Itália por 3 sets a 1, com parciais de 25/20, 25/12, 23/25 e 25/19, e o segundo lugar na competição. Mais do que a boa colocação e a vaga em Atenas/2004, as atletas trazem na bagagem confiança e a felicidade de terem voltado ao topo do vôlei mundial. A delegação desembarca hoje em São Paulo, onde concede entrevista coletiva.

Osaka

(AE) – “Recuperamos a esperança nesta equipe.” Foi assim que a levantadora Fernanda Venturini resumiu os 14 dias do longo campeonato japonês. A atleta, que voltou a atuar pela seleção depois de mais de três anos afastada, foi uma das principais jogadoras de Zé Roberto. O técnico estreante na equipe feminina volta com o dever cumprido. “Chegamos aqui sem uma referência de nível”, declarou o treinador, em relação aos adversários mundiais.

O título da Copa do Mundo ficou com as imbatíveis chinesas, que venceram todos os 11 jogos e quebraram a hegemonia de Cuba – campeã das últimas quatro edições do torneio. As orientais, que também venceram em 1981 e 1985, chegarão nos Jogos Olímpicos de Atenas como favoritas ao ouro. Ontem, o time venceu as donas da casa por 3 a 0 (25/18, 25/18 e 25/13).

A terceira colocação, e conseqüentemente a última vaga olímpica, ficou para os Estados Unidos, que derrotaram Cuba por 3 a 0 (25/23, 25/18 e 25/17).

O resultado obtido pela equipe de Zé Roberto é o melhor do Brasil na competição do Japão. O Brasil já havia ficado com a prata em 1985. Além dessas colocações, as brasileiras chegaram ao pódio em 1999, levando o bronze.

As italianas, consideradas a quarta potência do vôlei mundial, ainda podem se classificar para a próxima Olimpíada, através de um Torneio Pré-Olímpico Europeu que será realizado em 2004. De qualquer maneira, não será uma tarefa fácil, já que as russas e polonesas, atuais campeãs européias, também lutarão pela vaga. As cubanas, que passarão pelo Pré-Olímpico da América do Norte, não devem ter tanta dificuldade na luta pela classificação, já que as norte-americanas se garantiram no Japão. As principais adversárias, nesse caso, serão as dominicanas, atuais campeãs pan-americanas e que contam com um treinador cubano.

Prêmios

A comemoração das brasileiras foi ainda além da segunda colocação e da conquista da vaga para Atenas. Duas jogadoras do País levaram troféus de destaques individuais: Valeskinha, com apenas 1,80m, foi a melhor bloqueadora e Arlene, estreante na seleção, levou o título de melhor líbero da competição.

Masculino larga diante de coreanos e franceses

Nagano

(AE) – A seleçãobrasileira masculina de vôlei fará suas primeiras partidas pela Copa do Mundo do Japão em Nagano, começando pela Coréia do Sul, na estréia de hoje, às 7h05 (com Sportv). A França, na madrugada de segunda-feira, às 4h05, e a Venezuela, à 1h35 de terça-feira, completam os jogos da primeira etapa do torneio e o início da briga mais importante da temporada, pelas três vagas olímpicas.

Completam o Grupo B, o do Brasil, Itália e Tunísia, que serão rivais da segunda fase. No Grupo A estão China, Sérvia e Montenegro, Canadá, Estados Unidos, Japão e Egito. O torneio segue até o dia 30 e a classificação será por pontos corridos.

O nervosismo da estréia soma-se ao fato de o Brasil ter de enfrentar um adversário pouco conhecido. A Coréia é a atual campeã asiática. “É um time perigoso, difícil de achar se estiver num bom dia. É importante estarmos ligados e espertos”, avalia o capitão Nalbert.

O técnico Bernardo Rezende, o Bernardinho, confirma que os coreanos têm um sistema de jogo típico da escola asiática, com mais cruzamentos e fintas. “A defesa é a principal característica da equipe, que também apresenta uma boa média de altura e alguns jogadores bem grandes. Além disso, não precisaram se adaptar ao fuso horário. Não tenho dúvidas de que essa vai ser uma estréia complicada”, avaliou.

Esta é quinta Copa do Mundo de Bernardinho atuou como jogador, em 81 e 85, terminando em terceiro e quarto lugares, respectivamente, e nas edições de 95 e 99, no comando da seleção feminina conquistou as medalhas de prata e bronze. A seleção masculina tem dois terceiros lugares, em 1981 e 1995.

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