Vôlei do Brasil pronto para a estréia

O técnico José Roberto Guimarães inicia na madrugada deste sábado o seu primeiro grande desafio com a seleção brasileira feminina de vôlei, que comanda desde agosto a Copa do Mundo do Japão, que dá três vagas olímpicas em Atenas/2004. O Brasil estréia às 3h55 (horário de Brasília), contra a China, uma das favoritas ao título, em Kagoshima.

Zé Roberto chamou as que haviam se “amotinado” contra o seu antecessor, o técnico Marco Aurélio Motta (Walewska, Elisângela, Raquel, Érika e Fofão), e ainda trouxe de volta a levantadora Fernanda Venturini, que tinha abandonado a seleção. Assim, com um grupo forte, tem uma prova de fogo: colocar o vôlei feminino de volta ao pódio em competição internacional.

Coréia do Sul, Estados Unidos, Itália, Egito, Argentina, Japão, Cuba, Brasil e China, mais os estreantes Polônia, Turquia e República Dominicana são as 12 seleções brigarão pelas três vagas olímpicas até 15 de novembro, em seis cidades do Japão: Tóquio, Kagoshima, Nagóia, Sendai, Saporo, Toyama e Osaka. O principal desfalque é a Rússia, que não conseguiu se classificar pela Europa e também não recebeu convite da Federação Internacional de Vôlei, como se poderia esperar, por sua tradição e grandes resultados nos últimos anos.

O Brasil fará suas primeiras partidas em Kagoshima – ao todo, serão 11 jogos em 15 dias, com várias mudanças de sedes. A seleção brasileira está no grupo B, que nesta primeira rodada da primeira fase terá ainda República Dominicana e Cuba, Turquia e Polônia. Em Tóquio, pela chave A, a Coréia do Sul enfrenta os Estados Unidos, a Itália encara o Egito e a Argentina tem o Japão pela frente.

Na Copa do Mundo do Japão, as brasileiras foram vice-campeãs em 1995 e bronze em 1999.

Ontem, Zé Roberto treinou formações táticas para tentar anular as principais jogadas das adversárias de estréia. “Fizemos a marcação da China novamente, enfocando a velocidade, mas nossa maior preocupação no momento é dar regularidade ao passe em relação ao saque das chinesas. Na parte defensiva já está tudo encaixado. Estamos firmando mais o ataque e o contra-ataque”, disse o treinador.

Para Zé Roberto, os jogos contras as asiáticas são os mais delicados. “É mais difícil enfrentar os times mais rápidos. A Coréia do Sul e o Japão são equipes que sempre vão dar trabalho. Sei pouco sobre a Polônia, que veio com um time grande. Sua base tem jogadoras defendendo times no campeonato italiano. As informações que tenho são de que elas podem complicar. Da Turquia não sei nada, mas vamos filmar seu primeiro jogo contra a Polônia para estudarmos. Cuba vem alternando jogos bons e ruins. Vamos ver como se comporta o nosso time na estréia. É um jogo-chave.”

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