Vitória derrota o Botafogo e segue na Copa do Brasil

O Botafogo recebeu o Vitória, nesta quarta-feira, no Engenhão, sob pressão. Depois da derrota por 4 a 1 para o Fluminense, no último domingo, pela primeira final do Campeonato Carioca, precisava se recuperar do baque e avançar na Copa do Brasil. Com o empate por 1 a 1 em Salvador, igualdade sem gols bastaria, mas uma nova expulsão de Lucas e as ausências inesperadas de Antônio Carlos e Fellype Gabriel prejudicaram a equipe e a derrota por 2 a 1 significou mais um adeus prematuro dos botafoguenses na competição nacional.

Nos acréscimos da primeira etapa, Lucas salvou um gol certo com a mão, mas a sua exclusão deixou um buraco defensivo e significou a supremacia baiana na segunda etapa. O técnico Oswaldo de Oliveira já havia sofrido um revés no vestiário ao perder o zagueiro e o meia titulares com dores musculares.

Vai ser difícil o Botafogo se recobrar para tentar golear o Fluminense, no próximo domingo, na decisão do Estadual. Os rubro-negros baianos, que decidem o título de seu Estado com muita confiança contra o Bahia, avançam às quartas de final e enfrentam o Coritiba. “Acho que para o grupo foi muito bom. Temos um clássico pelo Estadual e espero repetir a boa atuação”, comentou Tartá, autor do gol da vitória. “Tivemos dificuldades de nos arrumar com 10 homens. Agora é se preparar da melhor maneira possível para honrar a camisa contra o Fluminense”, ponderou Loco Abreu.

O criticado Elkeson abriu o marcador aos 21 minutos, na raça, finalizando caído no gramado. Na comemoração, confrontou as arquibancadas e proferiu palavrão. Em desvantagem, o time baiano saiu para o jogo e quase empatou. Jefferson falhou na saída do gol, Neto Baiano testou e Lucas salvou, literalmente, em cima da linha.

O lance se repetira mais tarde e Lucas seria herói e vilão ao mesmo tempo. Nova saída errada do goleiro alvinegro e Uelliton cabeceou. Lucas salvou mais uma vez, desta vez com as mãos, e foi expulso, pelo segundo jogo consecutivo. Mas a jogada instintiva permitiu que Jefferson evitasse o gol na cobrança de pênalti de Neto Baiano. Fim do primeiro tempo.

Foi a hora dos técnicos usarem o banco. Oswaldo de Oliveira sacou Felipe Menezes e lançou Gabriel na lateral direita. Ricardo Silva respondeu com Dinei em lugar de Geovanni. Com um homem a mais, o time rubro-negro foi à frente e chegou ao empate. Aos 11 minutos, Marcelo Mattos dormiu e Pedro Ken fez belo gol. A pressão visitante só fez aumentar e Dinei e Neto Baiano, altos, perderam de cabeça. O pequenino Tartá, porém, não desperdiçou. Aos 24, subiu sozinho em meio aos zagueiros e testou para as redes.

O domínio era absoluto até que Pedro Ken cometeu falta em Renato e foi expulso direto, talvez um rigor excessivo do árbitro paulista Paulo Cesar Oliveira. Foi a vez dos botafoguenses tentarem já reação, mas as esticadas para Loco Abreu não deram resultado e os próximos dias serão de muita pressão em General Severiano.

FICHA TÉCNICA

BOTAFOGO 1 x 2 VITÓRIA

BOTAFOGO – Jefferson; Lucas, Brinner, Fábio Ferreira e Márcio Azevedo; Marcelo Mattos, Renato, Felipe Menezes (Gabriel), Maicosuel e Elkeson (Herrera); Loco Abreu. Técnico: Oswaldo de Oliveira.

VITÓRIA – Douglas; Léo (Romário), Rodrigo, Gabriel e Wellington Saci; Uelliton, Rodrigo Mancha, Pedro Ken e Geovanni (Dinei); Tartá e Neto Baiano (Mineiro). Técnico: Ricardo Silva.

GOLS – Elkeson, aos 21 minutos do primeiro tempo; Pedro Ken, aos 11, e Tartá, aos 24 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS – Brinner, Elkeson, Herrera e Loco Abreu (Botafogo). Rodrigo Mancha e Uelliton (Vitória).

CARTÕES VERMELHOS – Lucas (Botafogo); Pedro Ken (Vitória).

ÁRBITRO – Paulo Cesar Oliveira (Fifa/SP).

RENDA – não disponível.

PÚBLICO – 6.623 pagantes.

LOCAL – Estádio João Havelange (Engenhão), no Rio de Janeiro (RJ).

Voltar ao topo