O ex-presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, não acredita muito na história recente de união entre Atlético e o Coxa. Em entrevista ao portal Coxanautas, o dirigente acredita que o presidente rubro-negro Mario Celso Petraglia tem outros interesses ocultos na relação.

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“Se for para fazer um futebol paranaense mais forte, tudo bem. Mas duvido que as intenções do Petraglia sejam somente essas. Eu não sou o único a achar que ele é muito esperto. Tive vários problemas sim, mas não me arrependo de nada e faria tudo novamente”, comenta Vilson, que relembrou o episódio de não emprestar o Couto Pereira ao rival, em 2012.

Outro questionamento é sobre a dívida alviverde. A atual gestão alegou que o débito passa de R$ 220 milhões e ainda tem pouca receita para esta temporada. Vilson discorda, diz que o valor é de R$ 194 mi, e cita de onde vai vir dinheiro em 2015: prorrogação do contrato de patrocínio da Pro Tork para os próximos oito anos, R$ 4,2 milhões do patrocínio da Caixa (o dinheiro está embargado pela falta da CND), R$ 16 milhões dos direitos de transmissão da TV, R$ 3,8 milhões do sistema pay-per-view e R$ 8 milhões de times que devem ao Coritiba por venda de atletas. “Destes R$ 194 milhões, R$ 156 milhões são de dívidas em longo prazo (alongadas em prazos compatíveis com o fluxo de caixa do clube)”, pondera.

Sem ter ido ao estádio depois de perder as eleições para Rogério Bacellar em dezembro do ano passado, Vilson disse que chega a parar na porta do Couto, e voltar para casa. Mas garante que vai estar na reunião do Conselho, neste mês, mesmo na luta contra o câncer. “Ponho a camisa, vou até a porta e não consigo passar. Não sei o que acontece. Tive que passar por tanta coisa. É difícil”, reconhece o ex-mandatário, que ficou por cinco anos no dia-a-dia coxa-branca.

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