A sensação era de déjà vu, mas o fato era novo. Com a vitória de Sebastian Vettel, pela Ferrari, no GP da Malásia, neste domingo, a Fórmula 1 voltou a ver um alemão regendo o hino italiano no alto do pódio. Não é preciso ser um expert em automobilismo para lembrar das tantas vezes que Michael Schumacher fez o mesmo e entender a referência.

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Vettel também recordou do heptacampeão e isso causou uma emoção especial no piloto de 27 anos, que venceu pela 40.ª vez na carreira – a primeira desde 2013 – e ficou a um triunfo de se igualar a ninguém menos que Ayrton Senna. Só o brasileiro, Prost e Schumacher têm mais vitórias que ele na história da F1.

“Faz tempo que não fico no lugar mais alto do pódio e é minha primeira vitória com a Ferrari. Estou sem palavras. Foi uma grande mudança para mim e fui recebido de maneira incrível desde o começo, pela equipe e pelos torcedores”, lembrou Vettel, que se emocionou antes de subir ao pódio e também na cerimônia.

O alemão penou com a Red Bull na temporada passada, quando só conseguiu quatro pódios (terceiro lugar na Malásia, no Canadá e no Japão e segunda posição em Cingapura). Na nova equipe, voltou a vencer uma corrida, algo que não acontecia desde os incríveis nove triunfos seguidos ao fim da temporada 2013, quando foi campeão.

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“O ano passado não foi bom para mim. Tínhamos um bom carro, mas dificuldades para extrair a performance. Eu me lembro que quando o portão se abriu para mim em Maranello foi um sonho. Lembro de quando era criança e olhava o Michael (Schumacher) por cima do muro”, contou Vettel, claramente emocionado.

A felicidade tinha múltiplos motivos. Afinal, Vettel não só voltou ao primeiro lugar, conquistando sua primeira vitória com a Ferrari, como mostrou ser possível vencer a Mercedes na pista, sem depender de quebras, chuva ou qualquer outro tipo de anormalidade.

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“Vencemos eles na pista, de forma justa, tivemos um grande carro, e é por isso que estou um pouco emocionado”, comentou o alemão, que reforça um sonho: “Eu espero que seja possível ser campeão. Foi por isso que assinei. É minha missão levar o campeonato de volta para Maranello”

Até o GP da China, próxima etapa da temporada, são dois finais de semana. Tempo para a Ferrari fazer ajustes para se aproximar ainda mais de Mercedes. Antes, porém, Vettel só quer uma coisa: beber. “Sabemos que esses caras são fortes e difíceis de bater e que ainda temos muito trabalho pela frente, mas hoje não quero saber, quero ficar bêbado e celebrar. Não estou nem aí.”