O barco de casco vermelho, “Vó Zizinha”, do Rio de Janeiro, modelo Farr de 40 pés, é o vencedor na classificação geral da 4.ª Regata Eldorado/Brasilis. Em um duelo equilibrado com o Quiricomba Oporttunity pela classe ORC, o veleiro do comandante Wagner Gomide concluiu o trajeto de 2.300 quilômetros com o tempo de 210 horas e 19 minutos. Apenas uma hora e 9 minutos a frente do barco da Escola Naval, depois de muita rivalidade técnica e tática no Atlântico Sul. Na classe Bico de Proa a vitória apertada ficou para a tripulação feminina do Daslu/Portugal Telecom, com 215 horas e 21 minutos de prova e dramáticos 28 minutos de vantagem sobre o BL-3 Alforria de Ilha Bela.

Os barcos Corumii, Normandie, Scene Schatzy e o bandeira francesa Toustem também já estão no Iate Club do Espírito Santo.

O capixaba Rajada, o paulista Mar Sem Fim e o Kanaloa de Ubatuba, são esperados hoje encerrando a regata. O tempo obtido pelo “Vó Zizinha” é o segundo melhor entre todos os vencedores da Eldorado/Brasilis. Em 2001 o Touchê Safra estabeleceu o recorde com 181 horas e 49 minutos. O Albatroz da Escola Naval venceu em 2000 com 236 horas e 2 minutos, enquanto o barco baiano V.Max ganhou a regata no ano passado com 217 horas e 7 minutos.

Empunhando uma garrafa de champanhe logo depois de cruzar a linha de chegada, na madrugada de quarta feira, o comandante do campeão “Vó Zizinha” sentia-se aliviado. “Depois da quebra da haste que sustenta a vela-balão, o nosso maior adversário Quiricomba, passou a ameaçar de perto. Eles tiraram 50 milhas em menos de um dia. Achamos que não seria possível segurá-los, por isso estamos muito felizes. É uma grande honra vencer um barco tão veloz e com uma tripulação muito bem treinada”, festejou Wagner Gomide.

A principal característica da 4.ª edição da maior prova de oceano do País, foi o equilíbrio e a disputa técnica entre as embarcações mais velozes. Numa regata que tem 10 dias de duração, a diferença de apenas uma hora de um barco para outro, não representa quase nada. É muito raro ver-mos numa prova oceânica de longo percurso, as tripulações conservarem a motivação na briga por posições a cada milha percorrida até a linha final. Foi um show de vela”, analisou o árbitro geral da Eldorado/Brasilis , Ricardo Costa.

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