“Vamos subir” afirma Petraglia durante coletiva de imprensa

A Arena da Baixada vai se tornar um estádio único na Copa do Mundo de 2014, depois das mudanças feitas em relação ao projeto inicial, com cobertura retrátil, energia solar e uma capacidade maior do que a anunciada anteriormente. As mudanças foram confirmadas ontem pelo presidente Mário Celso Petraglia, que deixou o ostracismo de lado para fazer o primeiro balanço dos seis meses de gestão à frente do Furacão.

A nova Baixada terá cerca de 45 mil lugares, o número exato de cadeiras será oficializado depois de resolvido o imbróglio entre a Fifa e o governo federal em relação ao número de locais destinados a portadores de necessidades e obesos.

O aumento da capacidade em 3 mil lugares foi decidido depois de mudanças no projeto original. Antes mesmo de pensar em fazer alterações, um novo projeto estrutural, segundo Petraglia, foi encomendado por medida de segurança. O projeto inicial não permitia os cálculos corretos para a construção das fundações e isso colocava toda a estrutura em risco.

“Quando retomamos as obras não tivemos coragem de iniciar e recontratamos uma empresa para recomeçar o projeto”, explicou Petraglia. O clube optou por trabalhar com uma empresa espanhola que também desenvolveu o projeto estrutural do Itaquerão, do Corinthians.

Mas além do aumento da capacidade, o que chama a atenção e colocará Baixada como estádio único é o aquecimento solar e com cobertura retrátil. O clube ainda está viabilizando os recursos, mas a promessa de Petraglia é inaugurar o “Caldeirão tampado’ em junho do ano que vem.

A cobertura foi possível pela economia que a instalação do projeto de energia solar vai proporcionar. Para conseguir implantar o sistema, o clube teve de replanejar o telhado, agora todo em vidro, além disso, o Atlético deixará de gastar em energia comum, o que vai facilitar a colocação do teto retrátil. A energia solar virá de uma parceria com a Copel para um projeto de R$ 25 milhões.

“Nosso projeto de viabilidade está muito flexível para que sejam ajustados os números. Garanto que o custo é muito menor que todos pensam. Inauguraremos, se estiver chovendo ou sem chuva”, afirmou Petraglia.

Mas além de viabilizar os recursos para a cobertura retrátil, o clube precisará correr atrás de outros R$ 7 milhões que faltam para fechar o orçamento de R$ 184 milhões que custará a obra da Baixada. Além dos 46,2 milhões que estão sendo investidos, o Furacão receberá R$ 131 milhões do BNDES e uma pequena porção ficará para trás, necessitando que o clube encontre alternativas para cobrir a diferença.

Outro montante também precisará ser providenciado. O Atlético quer revitalizar o CT do Caju, deixando o centro mais tecnológico para receber seleções que disputarão a Copa do Mundo de 2014.

Não subir é aceitável

Além de comemorar as boas novidades em relação às obras na Arena da Baixada, Mário Celso Petraglia, em uma autoavaliação dos seus primeiros seis meses na presidência do Atlético, lamentou os erros no futebol. Admitiu a possibilidade de não conseguir voltar a Série A este ano e não encara a permanência na Segundona como grande obstáculo para o clube.

“Vamos subir. Se os deuses conspirarem contra e se não formos suficientemente capazes, nada influenciará na nossa história e o que será o Atlético futuramente. Um ano ou dois, claro que serão prejudiciais, mas não serão catastróficos perto do que seremos futuramente”, admitiu o presidente.

Quanto ao local onde jogar e novo treinador, o dirigente não trouxe novidades. A comissão técnica formada interinamente por Ricardo Drubscky e Alberto ainda está em avaliação,, assim como alguns nomes para serem contratados.

A negociação com o Paraná para mandar os jogos na Vila Olímpica, ainda está em andamento também. “Não fechamos a negociação, mas hoje não temos uma resposta se vai ou não acontecer”, disse Mário Celso.