Valmor Zimermann fala em união para ajudar o Atlético

Presidente por dois momentos distintos (1984/85 e 88/89), diretor de futebol inúmeras vezes e 30 anos como cartola, Valmor Zimermann também se diz “agoniado com a situação do Atlético”. Afastado do clube por problemas de saúde, o ex-cartola viveu fases de vacas magras.

“Quando assumi o comando do time, em 1984, o clube estava quebrado. Mas tive também vários bons momentos, como os bons times de 85 e 88, e os títulos estaduais nesses mesmos anos. Ainda o nacional de 2001, como diretor de futebol, e depois a campanha da Libertadores”, completou Valmor, que se refere ao Rubro-Negro de forma especial.

“O Atlético Paranaense é um valor da vida da gente, assim como os familiares e os amigos”, afirma emocionado. Ontem Valmor entrou em contato com Geninho, com quem trabalhou em 2001. “Conversei com ele. Senti do Geninho confiança no grupo, e que espero que se reflita no campo. Ele sabe muito bem trabalhar os jogadores e tem um carinho especial com o Atlético”, disse o ex-presidente, que também foi um dos responsáveis em puxar o manifesto de mobilização pelo Rubro-Negro.

Valmor disse que o momento não é de pensar em formar “grupos para substituir a atual administração do clube”. “Não falamos disso. Temos que apoiar o time agora para evitar o rebaixamento”, afirmou o ex-cartola, que porém fez uma crítica ao comando de Mário Celso Petraglia no clube nos últimos anos. “Fui eu quem o convidou para integrar a diretoria de finanças, em 1984”, lembra. “Não pode se isolar. Sei que é importante profissionalizar o trabalho no clube, mas precisa ter um diretor de futebol que goste do clube, que tenha afinidade com o clube e com o departamento de futebol. Não pode ficar sozinho. Por algum motivo isso aconteceu”, afirmou o ex-presidente, que prefere agora discutir a “corrente positiva para ajudar o Atlético no Brasileirão”.