Valdyr Espinosa é o novo treinador do Atlético

O Atlético apresenta hoje Valdyr Espinosa como o seu novo treinador. Ele chega para comandar a equipe no Campeonato Brasileiro em substituição a Riva Carli que irá para o Grêmio Maringá. Junto com ele vem seu filho, Rivelino Cerpa, que será o auxiliar técnico.

Um preparador físico ainda deverá ser contratado pela direção. Com a chegada de Espinosa, Riva Carli já poderá viajar para Maringá e assumir o comando do time do Norte que vai disputar a Série C.

Esta será a quarta passagem pelo futebol do estado. Nas duas vezes anteriores, o profissional não deixou uma boa imagem. A reportagem tentou um contato telefônico com a diretoria do Rubro-Negro para saber os fatores que levaram à contratação de Espinosa mas não foi atendida. Hoje, acontece a apresentação oficial às 10h30 no CT do Caju. Logo após, ele já comanda o primeiro treino com os jogadores. No domingo, o time faz seu primeiro amistoso de preparo para o Brasileirão em Santa Catarina contra o Joinville.

A primeira estada na cidade foi em 1989 à frente do time coxa-branca. Do Alto da Glória rumou para General Severiano onde foi um dos responsáveis por tirar o Botafogo-RJ de uma fila de 21 anos sem ser campeão. A campanha no Carioca, inclusive, foi invicta. Em 1998, voltou ao Coritiba mas saiu pelas portas do fundo. No Campeonato Brasileiro daquele ano, viajou com a equipe para Campinas para jogar contra o Guarani. A partida seria no domingo, mas no sábado recebeu um novo convite dos cariocas, pegou as trouxas e se mandou para o Rio de Janeiro. O comando do time ficou com o então auxiliar Leomir de Sousa.

No ano seguinte foi um dos responsáveis pelo rebaixamento do Paraná Clube para a segunda divisão. Ele assumiu o Tricolor após a demissão de Márcio Araújo, começou vencendo o Flamengo mas não passou de fogo de palha. O time se perdeu e Espinosa deu lugar a Abel Braga que não pôde fazer muito para evitar a queda.

Missão

Uma das tarefas de Espinosa será avaliar o atual elenco. Ele vai dizer quem deverá ficar e quem poderá ser dispensado. O técnico também deverá pedir reforços para a disputa do Nacional. O setor mais carente é o meio-campo após as saídas de Adriano e Kléberson. No entanto, a diretoria continua tentando a renovação do contrato que acabou em 30 de junho.

Um reforço ele pediu: a torcida

Reacender a chama da vitória no reino atleticano. Este será o principal objetivo do técnico Valdyr Espinosa a partir de hoje, quando assume oficialmente o comando do Rubro-negro. Foram necessários apenas dois dias de contatos entre a diretoria atleticana e o treinador sacramentarem o “casamento”.

Em entrevista à Tribuna ontem à noite, o treinador garantiu que chega estimulado pelo desafio de conquistar o bicampeonato brasileiro. “O Atlético já sentiu o gosto de ser campeão uma vez. E quem já sentiu o sabor de um título brasileiro certamente sente mais fortemente o estímulo de buscar novas vitórias”, disse, não dando mostras de preocupação em relação à queda de rendimento da equipe no primeiro semestre, quando fez uma má campanha na Libertadores da América e deixou a torcida apreensiva com a pífia campanha na Copa dos Campeões. “A vitória às vezes embriaga e o rendimento cai. O remédio para isso é reacender a chama da vitória, a veia vencedora de cada atleta”.

Justamente por acreditar nisso, Espinosa chega apostando suas fichas no elenco que tem em mãos. “Já tive oportunidade de ver esses jogadores em ação e tenho confiança neles”. Por isso mesmo, por ora, o treinador prefere não falar em reforços. “Estou chegando agora e não debatemos esse assunto. Quero sentir o grupo e estimulá-lo. Talvez isso já seja o suficiente para entrarmos na briga pelo título”.

Para o novo desfio em sua carreira campeã, Espinosa espera contar com uma poderosa arma atleticana, o poder da inflamada torcida rubro-negra. “Quem já enfrentou o Atlético na Arena sabe do poder da torcida. Se arrancarmos bem e tivermos o apoio dela, estaremos ainda mais fortalecidos”, conclui.

Adriano fica e quer a vaga logo, logo

O goleiro Adriano Basso fica mais seis meses no Atlético e sonha com a camisa número 1 no ano que vem. Em dezembro, o titularíssimo Flávio encerra seu contrato e dificilmente continuará jogando no clube após sete anos de serviços prestados. Com isso, abre uma brecha para o futebol do jogador de 27 anos que chegou no CT do Caju no início do ano. Vindo da Ponte Preta, o atleta confia em seu potencial para brilhar como um dos melhores do Brasil. Evangélico, não esquece em nenhum momento de Deus e acredita que com a fé irá alcançar os seus objetivos. Ontem, ele falou com a Tribuna.

Tribuna – Por que você resolveu ficar mais seis meses no Atlético?

Adriano Basso – O clube oferece condições para chegar onde a gente quer. Para um atleta conseguir o que ele quer é preciso condições de trabalho e o Atlético hoje é um clube que oferece muitas condições. Financeiramente, graças a Deus, chegou mais ou menos naquilo que eu queria. O atleta hoje tem que entender a situação dos clubes que não está fácil e nós chegamos nesse acordo e foi bom para as duas partes.

Tribuna – Mesmo sendo reserva você está pensando em ser promovido para o time titular?

Adriano Basso – Eu me incluo entre os grandes goleiros do Brasil e se fosse equiparar o meu salário com o deles veria que está defasado. Mas eu tenho que ver que a minha parte é aquilo que eu sou como atleta e como profissional. Estou aqui no Atlético com a intenção de jogar. Vou trabalhar para jogar e isso, quem vai me dar essa condição, vai ser Deus.

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