Valdo descarta favoritismo do Botafogo na Série B

Rio de Janeiro – Valdo, que aos 39 anos é a referência do Botafogo, não acredita que a equipe seja favorita para conseguir o acesso apenas pela força da camisa. Para o meia que anunciou que vai encerrar a carreira tão logo a Série B termine, no fim do mês, o controle emocional será primordial neste quadrangular decisivo.

“Sem dúvida a cabeça dos jogadores terá um peso enorme, assim como a disciplina tática.

Isso porque as quatro equipes que disputam o título estão no mesmo nível”, afirmou Valdo.

O jogador também não acredita que o resultado da partida desta noite contra o Palmeiras, em Caio Martins, seja suficiente para determinar o futuro das duas equipes. “Claro que quem vencer sairá em vantagem, mas ainda será cedo para se apostar em alguma coisa. A Série B é bem competitiva, apesar de seus jogos não terem a mesma técnica verificada na primeira divisão.”

Valdo, que a partir de janeiro passará a se dedicar às empresas que possui (uma de promoção de eventos e outra ligada à área da construção civil), mostra-se desgostoso com as pessoas que cuidam do futebol. E desabafa: “Em 25 anos de carreira, muita coisa mudou para pior. Hoje, a política fala mais alto. Os campeonatos, em sua maioria, são decididos por interesses que não os dos jogadores. Os jogos são ganhos fora de campo. E vai demorar algum tempo para que a situação seja moralizada. Por tudo isso, não penso em trabalhar com futebol, que por sinal me deu tudo o que tenho. Mas, apesar de ser importante, dinheiro não é tudo, bens materiais não valem nada. O que vale, sim, é a cultura que adquiri após conhecer os quatro cantos do mundo”.

Um conceito que ganhou força após a morte da filha Tatiele em acidente de carro, em 1998,

quando o jogador encontrava-se no Japão. “Não gosto de falar desse assunto. Foi a maior tristeza da minha vida. Mas a partir dali me senti ainda mais preparado para enfrentar os desafios. Levar o Botafogo à Série A é mais um deles”, revelou Valdo.

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