União é o segredo do Criciúma

O espírito de grupo é o segredo do sucesso do Cricíuma, que enfrenta o Paraná Clube hoje à noite, no Pinheirão. A sintonia entre o técnico Lori Paulo Sandri, o auxiliar Gílson Kleina e o preparador físico José Afonso fez com que o trabalho superasse as expectativas e um problema criado pelo Verdy Tokyo, ex-equipe de Sandri.

O treinador tinha contrato com o clube japonês até 2004, mas acabou sendo dispensado. Na ocasião, os intérpretes da diretoria garantiram que Sandri estava livre para assinar com outra equipe. “No entanto, não era bem assim. Como ainda restavam três rodadas e eles não podiam utilizar o auxiliar técnico, por questões legais, afirmaram que eu estava apenas afastado para a imprensa local”, explicou Sandri.

Nesse meio tempo, o Criciúma procurou o treinador, que aceitou o novo desafio. “Quando fui apresentado para os atletas, a notícia chegou ao Japão e os diretores do Verdy ficaram indignados. Mandaram-me uma carta mal-educada, condenando o meu acerto.”

O desentendimento acabou indo para o campo da justiça e depois de um parecer da Fifa, Lori Sandri foi autorizado a comandar, oficialmente, o Criciúma. No período da pendenga jurídica, que teve início em maio, quem assumiu o posto de treinador foi o auxiliar Gílson Kleina. “Ele me representava em campo e minha sintonia com ele foi fundamental. Foi um trabalho de equipe”, elogia Sandri. O trabalho de Lori Sandri ficava para os vestiários. O treinador está livre desde o jogo contra o Juventude para comandar a equipe catarinense. Este é o sexto comando de Sandri no Criciúma. Ele já passou pelo clube em 81, 82, 87, 91 e 94. “De lá para cá, a equipe evoluiu bastante, bem como o futebol catarinense. O estádio Heriberto Hulse é muito bom e o clube está construindo um novo centro de treinamentos”, diz. No entanto, o treinador não esconde que o projeto para este ano – o time voltou para a primeira divisão este ano – é manter a equipe na primeira divisão. “Estamos indo melhor do que o planejado. Se continuar assim, ótimo. Mas depois que chegarmos aos 50 pontos, ficaremos mais tranquilos.”

Além da força dada por Kleina no comando técnico, o trabalho desenvolvido pelo preparador físico José Afonso tem sido importante para o alto rendimento da equipe. “No ínicio, os jogadores sentiram um pouco, mas agora já entraram no ritmo do trabalho. Com isso, o rendimento físico vai ser melhor a cada jogo”, diz Afonso.

Em comum, além de ser curitibanos – Lori Sandri é gaúcho mas vive desde os 16 anos na capital paranaense, os três profissionais têm seus nomes ligados ao Coritiba. O treinador passou algumas vezes pelo comando do time do Alto da Glória. Gílson Kleina teve destaque como preparador físico, o que o credenciou a trabalhar no Olympique de Marselha. E José Afonso desenvolveu um trabalho de fisiologia do Alviverde. Depois, o profissional emprestou seu trabalho ao Atlético, onde Lori Sandri ganhou o título estadual de 1983.

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Para a partida contra o Tricolor a equipe catarinense não contará o zagueiro Cametá e o volante Paulo César. Os dois se contundiram na partida de domingo, contra o Coritiba. “O Coxa bateu demais”, reclamou Sandri. Cametá fica de fora por pelo menos seis meses, uma vez que sofrerá uma delicada cirurgia no joelho. O problema de Paulo César é no menisco e ele deve ficar de fora por pelo menos um mês. Léo Mineiro e Luciano Almeida foram os escolhidos para substituí-los.

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