Um terço da cidade pode ir ao 1.º jogo da decisão

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O Paranavaí está de aniversário. Ontem, a equipe do Noroeste completou 47 anos da fundação do clube. No entanto, o Parabéns será cantado pela torcida quando a equipe entrar no gramado, hoje, para um jogo que, independente do resultado, já é inesquecível para a cidade que lhe deu o nome.

Paranavaí, emancipada de Mandaguari em 1951, nunca esteve tão no mapa quanto esta semana. A cidade, que se sustenta economicamente na pecuária, no cultivo do café e da mandioca e na indústria moveleira, aplaude seu time que, pela primeira vez na história, disputa uma final de campeonato paranaense. Do outro lado do campo, um adversário calejado em conquistas: o Coritiba, trinta vezes campeão estadual. A partida, que inicia, às 16h, será a primeira da briga pelo título de 2003. Bandeiras e camisas do clube são os acessórios mais comum em Paranavaí, que, assim como as demais do Norte e do Noroeste do Estado, tem consideráveis torcidas de clubes paulistas. O sucesso do Vermelhinho, no entanto, fez uniformes de Corinthians, Palmeiras e São Paulo ficarem algo fora de moda por estes dias.

A camisa que, no início do ano, custava R$ 15, hoje vale R$ 35. Se, nesta decisão, todos os 25 mil lugares do estádio Waldemiro Wagner forem ocupados, a cidade de 76 mil habitantes terá, proporcionalmente, um em cada três moradores assistindo ao jogo.

O Paranavaí entrou na primeira divisão após o vice-campeonato da Série A-1, a segundona, no ano passado – o campeão foi o Francisco Beltrão. Até chegar à final contra o Coritiba, a equipe treinada por Itamar Bernardes, centroavante do Vermelhinho e do extinto Colorado, nos anos 80, exibe sete vitórias e quatro empates. Assim como o Coxa, orgulha-se de não ter perdido nenhum jogo no estadual de 2003. Na primeira fase da competição, os dois clubes empataram, em Paranavaí, por dois gols.

O confronto dos finalistas reserva também outra disputa: a de artilheiro da competição. Marcel, do Coxa, tem nove gols, assim como o ausente Tiago, do Iraty. Ambos têm um a mais do que Neizinho, do Vermelhinho.

Dúvida

Só minutos antes do jogo é que o Paranavaí vai anunciar se Julio vai ou não entrar em campo. O meia ainda se recupera de uma contusão no joelho esquerdo. Quinta-feira, ele treinou e não acusou dores. Itamar Bernardes deixa claro quem vai decidir a escalação: “Se o Julio falar que está 100 por cento, joga”. Ausência confirmada é do zagueiro Marcelo, o único jogador do time expulso na competição. Vanderlei ou Alex são os reservas da posição. As chances do primeiro iniciar a decisão são maiores. Na hipótese de Julio ser outro desfalque, Nelmon aparece como primeira opção. Correm por fora, Reinaldo Alexandre e Pereira, que é lateral-direito.

Proibição

A Polícia Militar vetou a entrada de guarda-chuvas, mastros de madeira e canos d?água como suporte de bandeira para a partida de hoje. Teme-se que estes objetos possam ser transformados em armas nas mãos de torcedores mais exaltados.

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