Foto: Valquir Aureliano

Ricardinho pode fazer sua estréia amanhã, contra o Brasiliense.

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O Coritiba enfrenta o Brasiliense amanhã com os ?fortes?, os ?certos? e os mais experientes. Na reta final da Segundona e jogando em Taguatinga, o técnico René Simões aumenta a idade média da equipe em busca da manutenção da liderança. Sem poder contar com o ala Carlão (machucado) e trocando o jovem Keirrison pelo recém-contratado e rodado Ricardinho, o Coxa eleva de 25,4 para 26,8 a média de idade. Para o treinador, isso não é sinônimo de qualidade, mas as opções na formação da equipe estão mostrando que ele vem procurando a consistência em quem tem mais milhagem no futebol.

?Experiência não é sinônimo de qualidade. Você pega muitos velhos aí que são inconseqüentes e pega alguns jovens que têm uma experiência fabulosa. Então, o que vale é o que você absorve e aprende durante esses anos?, aponta René. No entanto, ele mesmo admite que os mais rodados do elenco estão sendo fundamentais para a equipe e cita o volante Veiga, o mais velho do grupo, como um exemplo. ?Para mim, ele foi o melhor da partida passada. O Veiga deu um show, e sem estar fisicamente no melhor, e publicamente eu parabenizo ele pela partida?, diz René, elogiando o tarimbado jogador de 35 anos.

De acordo com o ala/líbero Ânderson Lima, o mais importante é aliar a experiência dos mais velhos com a força dos jovens. ?Isso tem sido muito bom e nosso trabalho tem surtido efeito, porque a gente tem mesclado jogadores com uma qualidade muito grande?, analisa. Para ele, com a entrada de Ricardinho no elenco, o time deve ganhar bastante. ?Ele é um jogador que a gente conhece, estava fazendo um grande trabalho no Botafogo, então a gente sabe que vai ser um grande reforço também?, destaca.

E com Ricardinho na equipe, o time encara o Jacaré às 16h de amanhã, no Distrito Federal. Ontem, o treinador alviverde não quis adiantar se ele será mesmo titular, mas não deu mostras de que irá mexer na formação que trabalhou toda a semana. ?Normalmente, a gente acaba saindo com o time que treina, mas pode ser que avalie mais, porque o ritmo da segunda divisão é diferente?, diz René. As outras novidades são as entradas de Ivo pela ala direita e de Diogo, que sai da meia e vai para a ala esquerda.

Campanha pode dar prejuízo ao Coritiba

 

Foto: Orlando Kissner/Arquivo

O atacante Tuta já acionou seus advogados para pedir indenização por uso indevido de imagem.

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O Coritiba pode pagar caro pela provocação ao Atlético. O clube do Alto da Glória usou sem autorização a imagem do atacante Tuta, em uma campanha publicitária. Agora, o Coxa pode ser obrigado a pagar indenização ao jogador e ao Grêmio, atual clube de Tuta.

Com o time liderando a Segundona, a diretoria coxa-branca achou que o momento era propício para caçoar do rival, que luta contra o rebaixamento na Série A. ?Falacianos, torcida se mede dentro do estádio?, diz uma série de outdoors espalhados por Curitiba, numa referência à média de público do Coxa na temporada, que supera a do Rubro-Negro.

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Ao lado da frase, está a imagem de Tuta, fazendo com a mão o sinal de silêncio. Um registro da cena que marcou a conquista do Paranaense de 2004 pelo Cori, em plena Arena da Baixada.

Porém, o tiro pode sair pela culatra. Tuta já procurou um advogado de Curitiba, para pedir uma indenização. O que mais o incomoda é a associação a uma campanha depreciativa ao Atlético. Tuta defendeu o Furacão em 1998, antes de se transferir para o Coxa.

O caso também já chegou ao departamento jurídico do Grêmio. Segundo a assessoria de imprensa do tricolor, os advogados já estudam qual medidas irão tomar. Afinal, é o clube gaúcho quem atualmente paga pelos direitos de imagem do jogador.

O Coxa se defende. O diretor de marketing Osvaldo Dietrich diz que a imagem é um desenho, e não uma foto de Tuta. ?É apenas uma caricatura, que retrata um gesto que ele fez. Estão fazendo tempestade em copo d?água?, ameniza.

Porém, o Paraná-Online teve acesso à foto original, que na campanha do Coxa foi invertida e tratada com recursos de computação. Ela é de autoria do repórter fotográfico Orlando Kissner, num trabalho para a Agência Estado. Orlando diz que ninguém do Coritiba pediu autorização para usar a imagem, mas não pretende tomar qualquer medida legal contra o clube.

Efeito colateral

Além de ameaçar os cofres alviverdes, a campanha pode servir de incentivo para a torcida do Atlético. A provocação pegou os atleticanos em época de mobilização, para salvar o time do rebaixamento, e deu uma nova motivação à galera.

Em fóruns e comunidades na internet, os rubro-negros planejam dar a resposta já neste domingo, contra o Palmeiras.