Última rodada

Tudo pronto para o maior de todos os confrontos entre Atlético e Coritiba

Nunca antes na história do Atletiba um duelo foi tão aguardado por rubro-negros e coxas-brancas. Hoje, às 17h, na Arena da Baixada, muito mais do que três pontos estarão em disputa. O 348.º confronto entre Atlético e Coritiba mexe com o futuro dos clubes, seja no aspecto competitivo, político ou financeiro. Por isso, rotulá-lo de Atletiba do século não é exagero.

Para o Coritiba, o clássico vale vaga na Libertadores -torneio que o clube não disputa há oito anos. Já o Atlético precisa ganhar e torcer por tropeços de Cruzeiro e Ceará para não cair para a Série B, depois de 16 anos na elite.
No caso do Coxa, que tem 57 pontos, a conta é simples: vencendo, estará no G5 e pode até terminar em 4.º lugar, caso o Flamengo (60) perca para o Vasco. Se empatar, terá que torcer para que Internacional (57), Figueirense (57), São Paulo (56) e Botafogo (55) não vençam. Perdendo, gaúchos e catarinenses também têm que ser derrotados e paulistas e cariocas não podem ganhar.

Já para o Rubro-negro, não existe outra alternativa que não seja a vitória. Com apenas 38 pontos, o time tem que derrotar o rival e ainda torcer para que o Cruzeiro (40) perca para o Atlético-MG e que haja um empate do Ceará (39) com o Bahia. Caso contrário, a degola será inevitável.

Ao longo da semana, as duas equipes adotaram a mesma postura: o silêncio. No Coxa, uma única janela de entrevistas, enquanto no Furacão somente o técnico Antônio Lopes conversou com a imprensa. Tudo para evitar dar combustível ao rival, como se o que se está em jogo já não fosse o suficiente para servir como motivação. Tradição em clássicos, o mistério quanto à escalação também faz parte do clima pré-jogo.

Como um ingrediente a mais: a acirrada rivalidade entre os dois lados e o tabu, que, no momento, é favorável ao Coritiba. O Coxa não perde um Atletiba desde 2008. São 11 jogos, com cinco vitórias alviverdes e seis empates.

Além disso, esta será a última partida na Arena da Baixada antes do fechamento para as obras da Copa do Mundo de 2014. Ou seja, é a oportunidade ideal para o Furacão acabar com o jejum e se despedir da sua casa com uma recuperação histórica, escapando da queda. Para o Coritiba, é manter a supremacia recente no Atletiba, carimbando sua viagem pela América do Sul e derrubando o rival diante de sua torcida.

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