Trio de Ferro pode atrair mais patrocínio no próximo ano

A boa campanha do Atlético no Campeonato Brasileiro, reforçada pela permanência do Coritiba na Série A e o acesso do Paraná Clube, pode transformar o Trio de Ferro em um produto atraente para as empresas que costumam associar suas marcas ao futebol.

De acordo com Fernando Ferreira, economista e especialista em marketing esportivo, o futebol paranaense, atualmente, é o quinto melhor mercado nesse aspecto – atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. ‘Não tenha a menor dúvida. Curitiba é o quinto mercado. Não tem mais briga com Bahia e Pernambuco. Estamos consolidados e os times do Paraná são os que vêm na sequência após os 12 considerados grandes. A perspectiva, inclusive, é até maior que alguns desses clubes do eixo, pois aqui se tem uma gestão de futebol forte. As duas gestões atuais estão nesse caminho. Elas têm contas equacionadas’, afirmou, referindo-se à dupla Atletiba.

Para o especialista, as diretorias de Coritiba e Atlético souberam explorar uma área que vem ganhando espaço recentemente no Brasil e que, de certa forma, ameniza a diferença drástica entre suas cotas de televisão e a de clubes considerados grandes, que é a atração de sócios-torcedores. No entanto, ressalta que ainda há muito a fazer. ‘No Brasil inteiro, esta questão do marketing é muito recente, de cinco anos para cá. Como os clubes têm um dinheiro meio fácil vindo da televisão, acabam não se preocupando muito com outras coisas, como licenciamento da marca. Eles realmente precisam ampliar a sua atuação de marketing. Há espaço para crescer. As torcidas daqui são engajadas, fanáticas e acima da média nacional. Dá para crescer’, disse Ferreira.

Oscilação

Um exemplo disso é o acerto com a Caixa Econômica Federal. Entre os 12 clubes patrocinados pela empresa estatal, a dupla Atletiba, em questão de valores, fica ao lado do Vitória e atrás apenas de Corinthians, Flamengo e Vasco. Justamente pela busca de espaço e de clientes na região. ‘A Caixa é muito forte na região Norte e Nordeste, mas não é tão forte em Florianópolis e em Curitiba. È uma maneira boa de ampliar seu espaço. Os clubes daqui não estão em uma condição inferior aos demais. As marcas são boas, o que atrapalhou foi essa oscilação no campeonato’, acrescentou o economista.

O sobe e desce de divisão, como aconteceu com o Coritiba em 2005 e 2009, e com o Atlético em 2011, sem contar o Paraná Clube, que caiu em 2007, faz o Trio de Ferro ser mais lento na atração de patrocinadores.