Depois de conversas para estreitar relações e até mesmo um patrocínio em conjunto – no caso da dupla Atletiba -, os três clubes da capital deram mais um importante passo para a união do Trio de Ferro. Ontem, os presidentes Mário Celso Petraglia, do Atlético, Rogério Bacellar, do Coritiba, e Rubens Bohlen, do Paraná, estiveram reunidos para mais um interesse em comum. Junto com eles estiveram os então candidatos à presidência da Federação Paranaense de Futebol, Ricardo Gomyde e Juliano Tetto, que preferiram se unir e se tornar uma chapa única. Além deles, quem esteve presente foi o vereador Jairo Marcelino (PSD).

continua após a publicidade

Desta forma, o ex-advogado da FPF será o vice-presidente de Gomyde, que tem a experiência política a seu favor. A ideia partiu justamente do Trio, junto com o J. Malucelli. O presidente paranista era favorável à permanência do advogado como candidato, mas acabou cedendo. “Entendo a nossa participação em um grupo interessado em mudar o futebol paranaense. O Gomyde é uma figura pública com bom trânsito em todos os lugares. Já eu trabalho mais na parte técnica e juntos somos uma alternativa para modernizar a federação”, explicou Tetto.

Assim, a nova chapa, além de contar com o apoio da capital, também deve ter a seu favor os clubes amadores, com quem Juliano tem um bom relacionamento. ‘O momento é fundamental para fortalecer o futebol paranaense. Vamos unir vários setores do futebol e da sociedade em geral para ajudar no crescimento do futebol paranaense. Temos muito a avançar com o futebol profissional e amador da capital e do interior”, disse Gomyde.
Para Petraglia, esta união entre os clubes da capital servirá para recuperar o tempo perdido no futebol do Estado. “Viveremos um novo momento no futebol paranaense. Os principais clubes da capital e do interior estão se unindo para recuperar o tempo perdido e buscar o fortalecimento de todos os clubes profissionais, amadores e ligas”, destacou o mandatário rubro-negro.

Desta forma, a eleição presidencial da FPF, que acontece em abril, promete uma briga forte e uma verdadeira ameaça a Hélio Cury, que está no cargo desde novembro de 2007. A aliança do Trio de Ferro com a chapa de oposição, na verdade, mostra que a relação de Cury com os clubes nunca foi das melhores. Em alguns momentos, presidente e Federação estiveram mais próximos do Coritiba, mas em outros do Atlético. Porém, sempre com alguma turbulência. A última aconteceu em 2012, quando a entidade impôs que o Alviverde emprestasse o Couto Pereira ao Atlético durante o Paranaense por R$ 30 mil por jogo enquanto a Arena estava em obras para a Copa do Mundo.

continua após a publicidade