Tricolor sofre, mas garante mais três pontos

Poderia ter sido melhor, poderia ter sido mais fácil. Mas o Paraná conseguiu vencer o Serrano por 1×0, ontem, no Newton Agibert, em Prudentópolis, e fechou a rodada dentro do G8, dependendo apenas das próprias forças para terminar a fase inicial entre os quatro primeiros colocados. Mas foi um sufoco, principalmente no final da partida.

Era o início da série de “decisões’ do Paraná – jogos que, apesar dos adversários frágeis, eram tão ou mais importantes que os clássicos com Atlético e Coritiba. O início perfeito seria com uma boa vitória sobre o Serrano, e para isso o técnico Marcelo Oliveira decidiu mudar o time e escalar mais armadores para facilitar a vida de Marcelo Toscano.

E a formação mais agressiva surtiu efeito. O Tricolor partiu para cima dos donos da casa e logo a onze minutos, quando Márcio Diogo fez jogada individual, a bola saiu de seu controle e chegou a Éverton, que chutou de primeira e surpreendeu o goleiro Val. Com a vantagem, os visitantes reduziram o ritmo – talvez pelo calor, talvez por perceber o primarismo do adversário.

O Serrano se mostrava frágil tecnicamente – só demonstrava certa qualidade quando a bola chegava ao meia Massai e principalmente a Renaldo, mas o centroavante já dá claros sinais de esgotamento físico.

O Paraná forçava as jogadas pelo meio, mas sem criar muitas oportunidades de ampliar o placar. Se quisessem, os tricolores poderiam ter resolvido a partida na etapa inicial. “Estamos marcando como time pequeno e atacando como time grande”, filosofou o goleiro Juninho no intervalo.

No segundo tempo, o ritmo foi mantido – e como o Serrano se animou, a partida chegou a ficar complicada, principalmente nos quinze primeiros minutos. Marcelo Oliveira resolveu mudar o sistema de jogo, sacando Éverton e Vinícius e colocando André Luiz e Elvis. O Paraná passava a jogar com três zagueiros, e liberaria totalmente Elvis para encostar nos avantes.

Mesmo sem jogar bem, o Tricolor perdia chances claras de gol. Só que não resolvia o jogo, o que deixou o confronto perigosíssimo. Juninho teve que trabalhar – pelo menos três intervenções fundamentais para a manutenção do resultado.

É possível dizer que, se não fosse o goleiro e a fragilidade do adversário, o Paraná não teria saído do Newton Agibert com a vitória. Mas ela veio e deixa o time no grupo de classificados. Que os últimos dois jogos não sejam tão sofridos.